O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro recebeu uma representação nesta quinta-feira contra o participante gaúcho Cássio Lannes Carvalho do Big Brother Brasil 14. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a representação por racismo foi feita em Brasília. A autoria da representação não foi divulgada. O pedido será avaliado por um Procurador para, então, ter o rumo decidido.
A representação foi motivada por uma declaração polêmica feita pelo brother em uma conversa com a atriz Tatá Werneck, que estava interpretando a personagem Valdirene, durante uma festa no programa, na madrugada do dia 16 de janeiro.
O estudante perguntou o que Valdirene pensava sobre se relacionar com um homem de sua altura (1m97cm). Tatá, que tem 1m52cm de altura, respondeu como uma piada: uma amiga dela teria morrido por conta disso.
O gaúcho, então, argumentou que, por causa de uma performance sexual no passado, estaria sendo acusado de assassinato e que estaria respondendo a um processo criminal por conta disso. Cássio disse que teria “atravessado uma afrodescendente” com quem manteve relações sexuais, porque pensou que ela poderia aguentar o tamanho do seu membro por estar acostumada a se relacionar com afrodescendentes (leia a íntegra da conversa abaixo). Valdirene/Tatá encerrou a conversa.
Zero Hora entrou em contato na tarde de quinta-feira com a mãe de Cássio, a pedagoga Susi Nair Orige Lannes Carvalho, que disse que tudo não passou de uma piada do filho dentro do contexto da conversa com Tatá.
– Isso ganhou uma dimensão absurda. Está na cara que ele inventou na hora. Imagina se eu não vou conhecer o meu filho. Reviraram o nome dele antes dele entrar no programa, não tem processo nenhum correndo e nada disso aconteceu. Foi uma brincadeira imbecil, aquelas coisa de guri, estão levando para o lado errado.
Susi atendeu à ligação de Zero Hora no hospital, onde o avô de Cássio, pai do farmacêutico Cary Cavalheiro Carvalho, está sendo operado de um câncer.
– Essa história toda está acontecendo em Marte e eu estou na Terra. Não tenho nenhuma informação sobre o que está ocorrendo no Ministério Público, não fui informada ainda – completou.
Leia na íntegra a conversa de Cássio com Valdirene no dia 16 de janeiro:
“Cássio: “Eu sei que tu é muito baixinha. O que tu acha de um homem de verdade que tem 1,97m de altura”
Tatá – “Uma amiga minha veio a óbito já”
Cássio – “Aconteceu comigo. Eu tô respondendo um processo. É sério, não ri, de verdade. Eu tô respondendo um processo até hoje, por assassinato, entende? Olha pra mim e não ri. Tu acha engraçado mas eu acho triste. Eu quase não entrei na casa por causa do processo. Eu falo nega, nego, porque é a que eu atravessei… que eu… desculpa. Sério. Ela era afrodescendente. E eu acho que assim, uma afrodescendente costuma se relacionar com? Com afrodescendentes. E eu pensei: pô, aguenta tudo. E eu atravessei. E eu até hoje sou acusado de assassinato, entende?”
Tatá: “Eu acho que ele está bêbado!”
Alisson para Cássio: “Vai lá pegar uma bebidinha para a gente”
Fonte: Zero Hora
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