“Monto peça por peça. Queimo os dedos. Levo choque. Mas eu não teria realizado meu sonho de construir um parque de diversões se fosse desistir na primeira dificuldade que aparecesse”, diz o jovem de 16 anos que, aos seis, começou a montar seus pequenos brinquedos com sucata. Márcio Augusto dos Santos sempre se interessou pelo mundo hi-tech. Seu pai trabalha no ramo de eletrônica e, incentivado por ele, o jovem começou a colocar em prática aquilo que almejava.
Ele conta que sua primeira roda gigante demorou dois anos para ficar pronta. Foi o começo de tudo. “Aos poucos ela foi ganhando melhorias. Eu aprendi como fazer, o que usar, onde colocar cada peça e qual componente se adequava melhor”, explica.
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Os brinquedos do parque inicialmente foram construídos com isopor. Hoje em dia, Márcio utiliza materiais diferentes, todos reaproveitados. As atrações são as seguintes: as tradicionais Roda Gigante e Barca e os inovadores Twist e King Polvo.
As miniaturas são feitas com hastes de sombrinhas e guarda-chuvas, PVC, e peças de eletrodomésticos usados – mais precisamente os motores dos antigos videocassetes, que foram descartados ao longo dos anos.
Mas isso só dá a forma. O movimento dos brinquedos, equipados com motor e luzes de LED, é gerado por meio de circuitos desenvolvidos por Márcio. “Ainda não é o sistema que eu quero. Passei dois anos estudando na internet para aprender a programar chips. Ainda vou fazer com que o parque seja todo controlado por eles”, destaca.
A dona de casa Márcia Maria dos Santos, mãe do jovem inventor, explica que as criações e as brincadeiras com energia elétrica sempre a preocuparam, mas pouco ela pode fazer, além de redobrar a atenção enquanto o filho testa as criações. “Certa vez ele levou um choque e isso me deixou receosa, mas sempre que ele fazia um brinquedo diferente eu ficava admirada. Assim, fui acostumando com a ideia à medida que ele foi crescendo”, relata.
Criação
Atualmente, Márcio Augusto trabalha na construção de um brinquedo conhecido como Pêndulo, um equipamento de diversão que possui rotação em dois sentidos. Desde a infância, para criar e montar os brinquedos que atraem os olhares de crianças e adultos, ele costuma observar os parques de diversões. E uma vez, quando era criança, ele chegou a fugir de casa para observar brinquedos de parque. “Quando um parque chegava na cidade eu ia observar ele sendo montado. Com isso, eu aprimorava meu conhecimento e refazia o brinquedo usando algumas peças e cores semelhantes”, conta.
O jovem promissor pretende seguir pelo caminho da computação e eletrônica. Além do parque de diversões, ele ainda tem planos de montar um robô. “Cheguei a montar um, mas precisei de algumas peças para outro projeto e tive que desmontá-lo. Isso acabou atrasando o processo”, completa.
Fonte: G1
Oba, meu coleguinha, eu adorei ver o seu trabalho, eu também faço brinquedos de parque de diversões, pôxa seu trabalho é super dez, um abração