
Transfobia e intolerância religiosa. Essas são as principais linhas de investigação para o assassinato da jovem trans Marcela Valentina, de 20 anos, que teve o corpo encontrado na última sexta-feira (4), em estado de abandono, enrolado em uma lona e na calçada de uma escola estadual localizada na Rua Abdon Assis Inojosa Andrade, no bairro Jatiúca, em Maceió.
O delegado Eduardo Lincoln, que investiga o caso, informou à Gazetaweb, nesta terça (8), que a jovem era adepta de religiões de matriz africana. Ele contou que as investigações têm avançado, embora não possa detalhar mais. Ele citou também que a linha de transfobia se apresenta como a mais forte no momento.
O resultado do laudo da Polícia Científica de Alagoas aponta que ela morreu em decorrência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). O perito médico-legista Alan Zaidan explicou que os ferimentos foram provocados por um instrumento contundente.
Natural de Tocantins, mas residente no bairro Salgado, em Caruaru (PE), Marcela trabalhava como maquiadora. O corpo, que apresentava sinais evidentes de violência, foi deixado no local após a agressão, possivelmente em um processo de desova.
“Durante a perícia, foram analisados vários vestígios, como marcas de pneu encontradas num suporte de madeira ao lado do corpo da vítima, que podem ser fundamentais para o andamento das investigações”, afirmou o perito criminal.
A mãe de Marcela Valentina autorizou a liberação do corpo no dia 6 de abril, após a conclusão do exame de necropsia. Os laudos de necropsia e de local de crime foram encaminhados para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, que segue investigando o caso para identificar o suspeito do crime.
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