Maria Natalina da Silva, de 11 anos, e a adolescente Kecia Miranda de Oliveira, de 16, estão desaparecidas desde a madrugada do último domingo (03), após terem fugido de casa. A mais nova deixou dois bilhetes em tom de despedida, que foram encontrados pela mãe em cima da mesa do local onde mora, no Vergel do Lago, em Maceió.
A menina empacotou algumas roupas, perfumes e outros itens pessoais em uma mochila e foi embora. O desaparecimento das duas já está registrado no Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/AL), do Ministério Público de Alagoas (MPAL). A família recebeu a informação de uma colega dela de que ela teria ido para Marechal Deodoro.
Em entrevista exclusiva ao programa Balanço Geral AL, da TV Pajuçara, a mãe de Maria Natalina, Zuleide Maria da Silva, explicou que a filha, juntamente a duas colegas, tinham o plano de fugir de casa para este município do Litoral Sul de Alagoas, onde iriam para a casa de dois homens com quem teriam mantido conversas em uma rede social.
“Maria fugiu entre 2h e 3h. Sempre acordo às 4h, para ir ao banheiro e checar se está tudo bem com ela. Desta vez, tinha tomado um remédio, dormi demais. Quando saí da cama, procurei a casa inteira e não a encontrei. Achei apenas os dois bilhetes em cima da mesa. Uma vizinha disse que a viu saindo, mas achava que ia para uma vendinha, nunca imaginou isso”, relatou a mãe.
As cartas deixadas pela menina trazem praticamente a mesma mensagem, com ela falando que ama muito a mãe, que ia viver a vida dela e que falasse para os irmãos que estava bem. Confira as transcrições abaixo:
“Mãe, te amo muito, sempre vou te amar. Eu fugi de casa porque eu quis, mas estou bem, eu fui viver a minha vida. Mãe, eu estou feliz e bem. Te amo”.
“Mãe, te amo muito, sempre vou te amar. Mãe, eu fugi de casa porque eu quis, viu?! Mas estou bem, viu?! Mãe, diga aos meus irmãos que estou bem. Mãe, estou bem”.
Segundo contou um colega de escola à mãe, eram três meninas que estavam se organizando para fugir de casa. No entanto, uma desistiu e contou o plano das outras. A mãe não conhece os supostos homens que teriam abrigado a filha dela e a colega adolescente.
“Minha filha é uma criança. Não teria capacidade de fazer isso sozinha. Ela não falava nada de namorado. E eu não sei disso. Só sei que surgiu essa história. Essa outra menina [que não foi] disse que participou de um encontro com eles”, disse Zuleide.
É CRIME – O PLID/AL alerta para os artigos 248 e 249 do Código Penal Brasileiro que afirmam claramente ser crime acolher menores sem autorização dos pais. Quem o fizer pode receber pena de dois meses a dois anos de detenção por induzimento à fuga (incentivar o menor a sair de casa) ou subtração de incapaz (quando se retira o menor de 18 anos do poder de quem o tem sob sua guarda).
Quem tiver alguma informação sobre Maria Natalina ou Kecia Miranda pode entrar em contato com o PLID/AL pelos números (82) 99182-0121 ou 2122-5220.
0 Comentários