Oito pessoas, entre empresários e contadores, são alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL), desencadeada nesta quarta-feira (2), em Alagoas. O grupo é acusado de uma série de crimes, dentre eles, fraude societária e lavagem de bens. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$ 30 milhões, números que seguem em apuração na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Quatro pessoas já haviam sido presas até o momento. A operação também acontece no estado de Pernambuco
Policiais em ação durante operaçãoMPE
Foram expedidos, no entanto, oito mandados de prisão, sendo três preventivos e cinco temporários, e mais 30 de busca e apreensão, em Alagoas e Pernambuco, todos pela 17ª Vara Criminal da Capital – de Combate ao Crime Organizado.
Os alvos da operação são pessoas físicas e jurídicas ligadas, direta ou indiretamente, ao conglomerado de empresas de “Eliane da Globo”, que funciona em União dos Palmares, município localizado no interior alagoano. A operação foi denominada de ‘Gambito da rainha’.
Os ilícitos
Todos os presos são acusados de envolvimento nos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos. Dentre esses agentes públicos envolvidos, dois são auditores-fiscais e foram afastados do cargo.
Segundo as investigações do Gaesf, o esquema criminoso causou grave prejuízo ao tesouro estadual. Tal montante gira em torno de R$ 30 milhões em valores corrigidos monetariamente, e com multas e juros.
Foi também decretado, judicialmente, o bloqueio de bens imóveis e móveis dos acusados. A organização criminosa, que operava somente em Alagoas, era integrada por empresários, “testas-de-ferro”, “laranjas”, contadores e auditores-fiscais.
A operação foi comandada pelos promotores de Justiça Cyro Blatter (coordenador do Gaesf), Marília Cerqueira e Anderson Cláudio de Almeida, e por integrantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Polícia Civil (PC) e Polícia Militar (PM) de Alagoas. Todas essas instituições compõem o corpo técnico do Gaesf.
Foram expedidos oito mandados de prisão, sendo três preventivos e cinco temporários
FOTO: MPEPela Polícia Militar, participam os 1°, 3°, 4° e 5° Batalhões, Radiopatrulha (RP), Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) e Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc). Já pela Polícia Civil, a Asfixia, Operação Policial Litorânea (Oplit), Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) e 2ª seção, além de membros da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e da Delegacia-Geral.
E, para a operação desta quarta-feira (2), também compuseram as equipes que cumpriam as diligências a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Instituto de Criminalística (IC) e a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
Gambito da rainha
O nome da operação é uma alusão à abertura que o enxadrista faz com o propósito de sacrificar o peão da rainha para obter vantagem e ganhar o jogo.
Operação é desencadeada pelo GaesfMPE
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