Depois de três dias bloqueada devido a um protesto de motoristas de aplicativos e outros trabalhadores, a entrada do Porto de Maceió foi liberada na tarde deste sábado (26), após decisão judicial do magistrado Erick Costa. A liberação foi feita com o auxílio do Gerenciamento de Crises e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Logo após o cumprimento da decisão, os caminhões que aguardavam em uma fila na frente do Porto puderam entrar para carga e descarga. Os manifestantes, que apoiam a greve dos caminhoneiros, pretendiam acampar em frente ao Exército, mas decidiram ir a Messias levar mantimentos para caminhoneiros que participam da paralisação.
A negociação foi comandada pelo major Francelino, diretor interino do Gerenciamento de Crises. O Bope e a Polícia Federal vão permanecer no local e uma reunião foi marcada para a próxima terça-feira (29), às 15h, na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
“Existia uma ordem judicial e, nela, o magistrado determinava que negociássemos, e conseguimos isso sem precisar do uso da força. No início houve uma certa resistência, mas eles entenderam ‘que, numa batalha, dar uma passo à retaguarda não significa uma derrota'”, afirmou o major.
A decisão de liberar a entrada foi concedida neste sábado pelo juiz plantonista Erick Costa de Oliveira Filho. Ele autorizou que fosse utilizada, caso necessário, a força policial após o descumprimento, na sexta, da sentença proferida pelo magistrado Luciano Andrade de Souza também em favor do Porto.
Mesmo com o fim do movimento, participantes do protesto permaneceram no local e pediram apoio dos motoristas que passavam na avenida
A entrada do Porto de Maceió estava bloqueada há três dias. Um dos líderes do movimento, Cristiano Cavalcante considerou a manifestação uma vitória. “Isso provou que o povo alagoano tem força. Optamos por desobstruir para provar que não somos ‘maloqueiros’, mas se na terça, depois da reunião, acharmos que não houve nada favorável voltamos a fechar novamente, fechando inclusive Maceió por inteiro”.
Segundo outro representante do protesto, Anselmo Romão, diversas categorias de trabalhadores aderiram à manifestação nacional. “Aqui tem caixa de supermercado, contador, pedreiro, vendedor ambulante, caminhoneiro, mototaxista. Estou aqui em nome da minha família”, disse ele na noite de ontem.
A população também ajudou fazendo doações de alimentos e água durante o período que eles estiveram acampados. “O movimento tomou outras proporções. Ninguém aqui dirige caminhão, mas somos todos caminhoneiros de coração”, declarou o líder.
Gazetaweb
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