Secretários de Saúde e prefeitos se reuniram na manhã desta segunda-feira (18), na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), no Farol, para discutir a falta de verbas em hospitais de pequeno porte nos municípios. No encontro, os gestores discutiram alternativas para reverter a precariedade dos serviços.
De acordo com a secretária de Saúde, Rosângela Wyszomirska, é preciso uma pactuação para organizar os serviços. “É uma reunião em conjunto com Sesau, secretarias municipais e prefeitos para tratar da situação desses hospitais, que passam por dificuldades. Eles foram construídos pelo Ministério da Saúde, mas depois abandonados por ele e o Estado também nunca esteve muito presente. Os municípios não estão aguentando os custos e iniciamos um trabalho para que os serviços sejam todos planejados por região”.
Ao todo, são dez regiões e as reuniões começaram em fevereiro. Hoje, ocorreu mais uma etapa dessas discussões e o objetivo é que todos os hospitais assinem um termo de compromisso para que possam receber verba do estado na área em que forem pactuados (pediatria, cirurgia, ortopedia e outras).
“O que os municípios recebem é insuficiente. Não existe ainda o risco de fechamento desses hospitais, mas as dificuldades são grandes. Queremos amarrar uma pactuação para que um hospital da região fique com a pediatria, outro com a cirurgia e por aí vai”, disse Rosângela.
A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Consems/AL), Normanda Santiago, deixou claro que os hospitais não vão fechar. Eles terão uma redefinição de financiamento. “Não estamos falando em fechamento. O que vamos fazer é definir o perfil de cada hospital para uma redefinição do financiamento, com parceria do governo estadual. Vamos definir os serviços regionalmente e reorganizar tudo, vendo que serviços vão ficar. O problema de gestão é devido à falta de dinheiro. Não tem como fazer gestão sem dinheiro”, explicou Normanda.
Segundo o presidente da AMA, Marcelo Beltrão, a preocupação é grande e o planejamento é necessário, visto que não tem como manter 120 maternidades, por exemplo. “É preciso que seja feito um planejamento para ver quem vai ficar com maternidade, ortopedia, Urgência e emergência. A intenção é fortalecer os serviços para o cidadão, mesmo que ele tenha que se deslocar para outra cidade”, comentou Marcelo.
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