Embora exercícios físicos não devam ser evitados por pessoas asmáticas, sabe-se que eles podem atuar como um desencadeador de crises do problema, especialmente entre aqueles que não têm a doença controlada. No entanto, a atividade sexual não era considerada como um desses gatilhos, afirmam pesquisadores, mesmo exigindo também um esforço físico do indivíduo.
Por isso, cientistas decidiram avaliar se o sexo pode ser considerado um desencadeador de crises de asma – e descobriram que sim, embora haja uma provável subnotificação sobre os casos. O achado faz parte de um estudo apresentado nesta semana no encontro científico anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI), em Louisville, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Annals of Allergy Asthma & Immunology.
“Queríamos investigar se estudos de caso sobre crises de asma mencionavam a atividade sexual como uma possível causa. Muitas pessoas não percebem que o gasto de energia da atividade sexual é equivalente a subir dois lances de escada. Os casos relatados são pouco frequentes, possivelmente porque aqueles que sofrem um surto de asma podem não perceber o gatilho (no sexo)”, diz Ariel Leung, membro da ACAAI e principal autora do estudo, em comunicado.
O trabalho reuniu toda a literatura disponível que aborda relações sexuais como um gatilho não diagnosticado para as crises de asma na base de dados PubMed, que organiza estudos científicos. Embora o resultado tenha comprovado a ligação, os pesquisadores acreditam que a subnotificação de casos associados ao sexo pode ocorrer também devido a um certo constrangimento em abordar o assunto com o alergista.
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