Após o aumento no número de casos e mortes de Covid-19 em todo o estado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) decidiu suspender visitas a todos os pacientes que estão internados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), clínicas, hospitais públicos em Alagoas. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira, 13, pela assessoria de comunicação da Sesau-AL. O órgão ainda recomendou que a medida também seja adotada por hospitais da rede privada.
Além da suspensão de visitas em unidades hospitalares, o Governo de Alagoas abriu mais 60 leitos para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a medida de aumentar os leitos para tratamento da doença foi adotada diante do aumento de casos confirmados de Covid-19, bem como o número de óbitos e do aumento da taxa de internação hospitalar.
Número de casos em Alagoas dispara na 1ª semana de dezembro – Somente na primeira semana do mês de dezembro, o estado de Alagoas registrou 2.485 casos de Covid-19 — números que representam 78% dos casos notificados em todo o mês de novembro. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde, divulgados pela Secretaria de Saúde de Alagoas, através dos Informes Epidemiológicos e Monitoramento de Emergência.
Ainda de acordo com o Boletim Epidemiológico da Sesau, Alagoas também teve 12 mortes por covid-19 nos sete primeiros dias de dezembro. O número de óbitos é o mesmo que o total notificado durante os trinta dias do mês de novembro.
Em entrevista ao TNH1, o infectologista Renèe Oliveira Do Nascimento explicou que o aumento do número de casos de Covid-19 em Alagoas é influenciado pela maior capacidade de transmissibilidade das subvariantes em circulação e também por fatores comportamentais da população.
“O problema é que as pessoas não estão mais se protegendo como antes. Recentemente, tivemos eleições em todo o Brasil, e agora está acontecendo a Copa do Mundo e o começo das festividades de fim de ano. Todos esses eventos geram aglomerações, e, consequentemente, potencializam o aumento no número de casos. Além disso, temos várias subvariantes. Dentre elas, a Ômicron, que tem um nível de transmissibilidade maior que as outras”, explicou o médico.
O infectologista também alertou para o aumento de internações causadas pela Covid. “A maioria das pessoas que estão internadas em UTIs é de grupo de risco. São idosos, pessoas com comorbidade ou doenças crônicas, ou que não se vacinaram. E quem se vacinou não está adotando as medidas restritivas como antes. Isso prejudica justamente esse grupo, que é mais vulnerável ao vírus”, alertou Renèe Oliveira.
0 Comentários