O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), desconversou sobre a entrada do Progressistas na base do governo Lula (PT) e disse que a decisão cabe apenas ao presidente da República. A declaração foi dada nesta quinta-feira (17), em um evento do partido em São Paulo.
Lira afirmou que há conversas, mas não deu mais detalhes sobre qual pasta a legenda deve assumir no Palácio do Planalto. Ele ainda admitiu ter trabalhado para avançar as negociações e ressaltou que a construção da base facilitará o avanço das pautas no Legislativo.
“Isso depende da vontade do presidente da República, do tempo dele, porque vivemos em sistema de presidencialismo. Esperamos e trabalhamos para que o presidente acerte sua base, quando maior a base mais fácil para o governo e a nossa condição no plenário”, pontuou.
Pautas do governo
Arthur Lira disse que o governo deve enfrentar dificuldades em pautas polêmicas, principalmente a que trata de impostos e ideologias. Na pauta do Legislativo para este ano, dois projetos chamam a atenção do Planalto: a Reforma Tributária e o Arcabouço Fiscal.
“Temos nossas teses, nosso posicionamento e sempre coloquei os limites do plenário e não do presidente da Casa. Em algumas matérias, independentemente da base, terão muita dificuldade na discussão”, afirmou.
Questionado sobre como será articulação entre os deputados do partido que fazem oposição a Lula, Lira disse que a divisão é um ‘resquício da campanha eleitoral’ e prometeu unidade do partido em pautas importantes. “Não é só o Progressistas tem esse problema. Isso é resquício da campanha eleitoral. O Brasil, infelizmente, foi divido em regiões que tiveram predominância para uma candidatura e outros de outro [candidato]. Nosso partido, quanto toma uma posição, tem uma unidade muito forte”, ressaltou o presidente da Câmara.
*Com iG
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