Após deflagração de operação que resultou na prisão de 11 pessoas suspeitas de exploração sexual e abuso infantil, nessa quinta-feira (17), o delegado Daniel Mayer, responsável pela ação, passou mais detalhes sobre o caso.
Reprodução / TV Pajuçara
Suspeitos presos
Segundo o delegado foram cumpridos 10 mandados de prisões preventivas entre os municípios de Piranhas e Olho d’Água do Casado, no Sertão de Alagoas, entre os dias de 16 e 17 de novembro, resultado de três meses de trabalho e sete inquéritos conduzidos ao mesmo tempo.
O delegado não confirmou o número total de vítimas, para melhor preservá-las, mas disse que foram “inúmeras” e afirmou que todas elas tinham uma relação de proximidade com seus agressores, a exemplo da criança mais jovem, com idade inferior a 3 anos, que foi abusada pelo tio, e a mais velha, que está prestes a completar 15 anos, mas que era abusada desde os 7 anos pelo próprio padrasto.
“Todos os envolvidos suspeitos possuem uma relação próxima com as crianças ou adolescentes vítimas. Eles são ou tios, ou padrastos, ou vizinhos que mantém um perfil já conhecido e estudado pela Polícia Civil de Alagoas de agentes que costumam cometer este tipo tão abjeto de delito”, disse o delegado
Além dos estupradores, outras pessoas foram presas por terem sido coniventes com as práticas criminosas, a exemplo de três mães e uma avó, que no curso da investigação, tentaram interferir, descredibilizando as crianças ou até as orientando a negar afirmações feitas anteriormente.
Em vídeo enviado ao Alagoas24Horas, o delegado ressalta ainda a importância do trabalho conjunto entre Polícias Civil e Militar e da fundamental atuação do Centro de Referência Especializada de Asistência Social (CREAS), a partir do qual muitos casos foram descobertos.
As prisões de todos os suspeitos foram mantidas e convertidas em provisórias pelo poder judiciário.
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