O suspeito de ter abusado e matado a pequena Beatriz Rodrigues Rocha, de 6 anos, no município de Maravilha, no interior de Alagoas, já tinha sido preso outras duas vezes por crimes diferentes. O delegado Hugo Leonardo, de Santana do Ipanema, revelou que E.F., de 44 anos, tem passagens na polícia por roubo e latrocínio.
Durante a madrugada, ele foi transferido para o sistema prisional alagoano, numa operação cautelosa para evitar justiçamento. A Polícia Civil (PC) prefere, no entanto, não divulgar o nome da unidade prisional para onde ele foi levado.
De acordo com o delegado, não constam, na ficha criminal de E.F., outros crimes cometidos contra menores. Em depoimento após ser preso, nessa quinta-feira (6), ele disse que dava dinheiro para Beatriz comprar doces.
Os pais da menina serão ouvidos pelo delegado Diego Nunes, de Ouro Branco, que passará a cuidar do inquérito. Eles serão interrogados para esclarecer qual era a rotina de Beatriz e a ligação deles com o suspeito, morador da vizinhança.
COMPARTILHAMENTO DE IMAGENS DO CORPO
Quem compartilhou imagens do corpo da pequena Beatriz pode ser processado e ainda corre o risco de ficar preso por até três anos. É o que alerta a associação AME, que acolhe mulheres em situação de violência, com base no que preconiza o artigo 212, do Código Penal Brasileiro.
A entidade utilizou as redes sociais para avisar que, se as postagens em que o cadáver da criança é exposto, não forem excluídas no prazo de 12 horas, medidas legais contra os que fizeram o compartilhamento serão tomadas.
“A associação vem a público informar que repudia o compartilhamento das imagens da pequena vítima Beatriz, brutalmente assassinada no município de Maravilha/AL. O compartilhamento de imagens dos corpos das vítimas é crime tipificado no art. 212 do Código Penal com pena de 1 a 3 anos de prisão, além de ser ato desrespeitoso e antiético com o luto que a família está vivenciando neste momento trágico e doloroso para todos”, destaca a entidade.
A nota de repúdio publicada nas redes sociais foi assinada pela presidente da AME, Júlia Santos Nunes, além das advogadas Larissa Melo, diretora jurídica, e Bruna Gomes.
CRIME
O corpo da menina foi encontrado dentro de um saco de lixo, no telhado da casa do suspeito. E. F., de 44 anos, foi preso e disse que, por estar sob efeito de álcool, não se lembrava do que aconteceu. A casa dele chegou a ser apedrejada por populares. Beatriz foi abusada sexualmente antes de ser morta.
A criança teria desaparecido na tarde dessa quarta-feira (5). Conforme o site Alagoas na Net, um policial, que participou da ação, disse ter recebido a informação de familiares a respeito do desaparecimento da menina, e que havia a suspeita de onde ela estaria.
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