
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) acredita que o taxista e amigo raptados de dentro de um condomínio na cidade de Satuba, no último domingo (1º), foram alvos de um “acerto de contas” com traficantes ou membros de organização criminosa. Essa é a principal linha de investigação da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), que informou, nessa quinta-feira (5), que as vítimas tinham envolvimento com diversos tipos de crimes.
De acordo com o delegado Igor Diego Vilela, que coordena a Dracco, o taxista já tem registro de cometimento de crime de porte ilegal de arma de fogo em 2012. Naquele ano, ele foi encontrado com um arsenal de armas de diversos calibres e munições. Segundo a autoridade policial, ele também foi preso por tráfico de drogas.
O amigo dele, identificado como Edvan, também já tinha sido preso por homicídio, usava tornozeleira eletrônica, mas rompeu o equipamento há 30 dias.
Por causa desses antecedentes, a autoridade policial está focando as investigações para membros de facções criminosas ou organizações criminosas que atuam em Alagoas.
“A gente percebeu que essas pessoas, que foram vítimas nessa situação, são envolvidas em diversos crimes na cidade. Estamos apurando os detalhes para concretizar que o sequestro pode ter sido, em uma linha de investigação, como acerto de conta entre traficantes criminosos rivais. Esses criminosos entraram com os dois veículos no condomínio e se apresentaram como policiais, porém, estavam de balaclavas, já para dispersar qualquer tipo de investigação. E, diante disso, a gente percebeu que esse modus operandi tem sido comum em algumas facções criminosas Brasil afora, e nós estamos apurando essa situação”, expôs o delegado Igor Diego.
Ele informou ainda que os carros usados pelos criminosos para acessar o condomínio onde as vítimas estavam eram clonados, o que dificulta a identificação.
“Não há registros formais que os dois [taxista e amigo] praticam crimes juntos, mas, diante do que apuramos, eles, possivelmente, atuavam juntos na prática de algum crime na capital alagoana, o que reforça a nossa investigação, para que a gente foque em membros de facções criminosas e de organização criminosa no estado de Alagoas”, reforçou o delegado.
O CASO
A Polícia Civil aponta que, ao entrarem no imóvel, eles renderam três vítimas (o taxista, o amigo e sua esposa), ordenaram que deitassem, revistaram-nas e insistiram para que dissessem onde estavam as armas e as drogas.
“Como não encontraram nem armas nem drogas, prenderam a primeira vítima [mulher], em um quarto, e sequestraram os dois homens. Essas informações chegaram para a polícia e iniciamos as investigações, mas ainda não foram localizados”, informou o delegado.
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