Um homem suspeito de avisar em grupo de WhatsApp sobre locais onde acontecia blitz de trânsito foi preso nesta segunda-feira (14), no bairro de Santa Amélia, em Maceió.
Segundo a polícia, José Marcelo Rodrigues da Silva, 36, era pago para monitorar a movimentação das viaturas e das equipes e avisar a outros motoristas, para que escapassem das fiscalizações.
O delegado Thiago Prado, da Seção Antissequestro e Crimes Cibernéticos da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), informou que o suspeito fazia fotos de operações realizadas pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) na capital desde o ano passado.
Nesta segunda, ele enviou para um grupo de transportadores clandestinos fotos de uma operação na parte alta, que tinha como objetivo combater essa modalidade de transporte. Foi através dessas postagens que os policiais chegaram até o suspeito e o prenderam.
Ainda segundo o delegado, Silva recebia para monitorar a saída dos agentes e policiais das bases e também chegou a fotografar a casa de um agente de segurança pública. Além de fotos, ele também enviava áudios, informando aos outros motoristas para onde seguiam as viaturas.
Silva foi levado para a sede da Deic, onde foi autuado pelo crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, que prevê pena de até cinco anos de prisão e multa.
A polícia continua investigando a participação de outras pessoas no crime, pois o suspeito preso participava de vários grupos no aplicativo de mensagens.
O delegado alerta ainda que esses avisos sobre a localização das blitze em grupos de troca de mensagens podem ser usados também por ladrões de veículos, por exemplo, para fugirem da polícia. Ele recomenda às pessoas que não participem desses grupos.
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