Joyce da Silva Alves, 22, encontrada morta nesta terça-feira (12), em uma área de mata no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió, não era integrante de facção criminosa e morreu por ter feito um gesto de grupo rival em festa. A informação foi passada pela polícia durante entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), no Centro de Maceió, nesta tarde.
De acordo com o delegado Thiago Prado, a jovem foi convidada para uma festa na residência de um adolescente com iniciais G. V. S. S., no Conjunto Village Campestre II, e fez o gesto após uma provocação. “O menor fez o gesto da facção dos criminosos que estavam lá, e ela respondeu com o gesto do grupo rival. Ela bebia e festejava junto com os criminosos, e fez o sinal por inocência”, disse.
A polícia também destacou que a casa funcionava como ponto comercial de drogas e o menor foi responsável por abusar sexualmente da vítima. Além do estupro, Joyce foi torturada pelo grupo e teve o cabelo cortado com estilete.
As investigações iniciais levaram os policiais até um homem identificado como Clécio Gomes Barbosa, 25, conhecido como “Orelha”. Ele foi preso após ser identificado como um dos responsáveis pelo crime e revelou o local onde o corpo foi desovado.
Além dele, mais cinco pessoas foram presas. Foram elas: Elton Jhon Bento da Silva, 31, Maria Mariá Araújo Epifânio, 20, Lady Laura Rodrigues Paulino, 18, Jullyana Karla Soares da Costa, 25, e Severino José da Silva Filho, 38. Este último não teria participado do crime e teria comprado o aparelho celular da vítima após a execução. O menor G. V. S. S., e outro com iniciais J. C. S., ambos de 15 anos, foram apreendidos.
Ainda de acordo com a polícia, Joyce foi torturada durante aproximadamente seis horas até ser morta a pauladas no matagal. O rosto da vítima ficou desconfigurado depois das pancadas que recebeu.
O grupo responsável pela morte de Joyce vai responder pelos crimes de tortura, associação ao crime organizado, aliciamento de menores e ocultação de cadáver. Já Elton, Clécio e Jullyana também vão ser julgados por homicídio triplamente qualificado.
0 Comentários