A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) concluiu a investigação da morte do líder comunitário Thyago Francisco Thomaz de Aquino, encontrado carbonizado dentro do próprio veículo, em um canavial na cidade de Marechal Deodoro. Conforme a polícia, ele cometeu suicídio, descartando a hipótese de crime de homicídio ou latrocínio.
De acordo com o delegado Thiago Prado, a vítima já teria tentado suicídio em 6 de janeiro de 2024, dia em que completou aniversário. Inclusive, ameaçava se matar ateando fogo em seu veículo.
“O Thyago, dia 6 de janeiro de 2024, dia do aniversário dele, tentou suicídio após uma briga conjugal por motivos de ciúmes. Naquela ocasião, ele ingeriu 100 unidades de insulina da sua companheira, que faz uso da medicação por ser diabética. Ele foi socorrido e levado para UPA, sendo internado para receber tratamento”, disse.
Conforme Prado, a motivação para o suicídio seriam as constantes brigas entre o casal e o fato de que a vítima estava passando por um desequilíbrio de ordem financeira.
“Em julho de 2024, ele perdeu um cargo na secretaria estadual, em outubro de 2024 perdeu o cargo de assessor parlamentar no qual ganhava R$ 2 mil e, por fim, 13 de novembro de 2024, a padaria de sua propriedade foi interditada pela Vigilância Sanitária.”
“Tudo corresponde a uma sequência de acontecimentos que o levaram a um grande distúrbio de ordem financeira na sua vida. Aliado a isso, ele veio a ter mais conflitos no seu relacionamento, que acabou culminando no conflito final que aconteceu na manhã do dia 14 de novembro, quando ele saiu de sua residência e de sua companheira, ao mesmo tempo, foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência em virtude dessas brigas constantes do casal e que não queria mais continuar com o relacionamento”, afirma.
Segundo a investigação, ele teria mandado uma mensagem para a esposa, pedindo que ela atendesse uma chamada de vídeo, em que se despediu.
“Às 11h17 ele enviou a última mensagem e às 11h18 o celular saiu do ar. O último acesso às redes sociais foi no canavial. O celular foi encontrado junto ao corpo dentro do carro carbonizado. Os primeiros a chegar ao local foram funcionários da usina que encontraram o carro em chamas, e eles não identificaram ninguém nas proximidades, o que fortalece a tese de que não houve morte violenta praticada por terceiros.”
Além disso, a polícia conseguiu imagens que mostram o trajeto da vítima no dia do crime, quando o líder comunitário saiu de casa após a discussão com a esposa. Câmeras de monitoramento mostraram a vítima passando pelo Tabuleiro do Martins, pelo Hospital Metropolitano, posteriormente pela rotatória da antiga Polícia Federal (PF), e seguindo em direção à cidade de Satuba, sendo encontrado na zona rural do município de Marechal Deodoro, onde o carro foi carbonizado.
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