O delegado Jobson Cabral, que investiga a morte do advogado Marcos André Deus de Felix, 44, baleado no último dia 14, na Praia do Francês, descartou a participação de Valderi José Santos de Freitas o Quadrado no crime. A informação foi repassada por Cabral na tarde desta sexta-feira (28).
Segundo o delegado, não há indícios da ligação de Quadrado no atentado contra a vítima. As primeiras informações davam conta de que ele teria apontado a vítima aos atiradores no dia do crime.
Ontem pela manhã, mais um suspeito de envolvimento no caso se entregou à polícia. O delegado informou que, durante o depoimento, Elivado Francisco da Silva, conhecido como “Vado”, confessou ter atirado contra a vítima. Assim como Álvaro Douglas dos Santos, conhecido como “Alvinho”, Vado afirmou ter sido contratado por Janadaris Sfredo para cometer o homicídio. Ela e o marido, Sérgio Sfredo, estão presos desde o último dia 17 suspeitos de serem os mandantes do crime.
Ainda de acordo com o delegado Jobson Cabral, a camareira Maria Flávia dos Santos e o namorado dela, Juarez Tenório da Silva, o “Júnior”, que também são suspeitos de participação no caso, devem se apresentar na próxima segunda-feira (31). “Com os dois se entregando na segunda-feira, vou conseguir concluir o inquérito e sem dúvidas da participação do casal Sfredo”, afirma.
Entenda o caso
O advogado foi baleado com três tiros no último dia 14, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. Um deles foi na rua e outros dois dentro da pousada Ecos do Mar, no Francês. Testemunhas contaram que Felix saía da praia quando foi perseguido por dois homens que estavam a pé. Ele foi atingido no braço e de raspão no rosto e tórax. A vítima morreu na manhã de quinta-feira (27), no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA).
Além da dona da pousada e seu marido Sérgio Sfredo, outras cinco pessoas são suspeitas de envolvimento no atentado. Segundo o delegado, Álvaro Douglas dos Santos, conhecido como “Alvinho”, e Elivaldo Francisco da Silva, o “Vado” foram contratados por Janadaris para matar o advogado.
O motivo para o crime seriam as muitas desavenças entre a empresária e a vítima. Janadaris, entretanto, confirma as desavenças por uma briga judicial relacionada a uma pousada na Praia do Francês, mas nega autoria do crime.
“Nós éramos advogados dos inquilinos da pousada e o Marcos era advogado dos proprietários. O Marcos conseguiu uma ordem de despejo para os inquilinos e chegou gritando e ameaçando, mandando que eles saíssem imediatamente da pousada, mas orientamos nossos clientes a não saírem e chamar a polícia, pois ordem de despejo não se dá através do advogado e sim por oficial de Justiça”, disse Janadaris.
G1/AL
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