Foram apresentados na tarde desta quinta-feira, 06, os irmãos Hemerson Palmeira da Silva, de 28 anos, e Anderson Leandro Palmeira da Silva, de 30 anos, suspeitos de assassinar o professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Daniel Thiele, que estava desaparecido desde o dia 20 de setembro. A dupla deve responder pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com o delegado da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), Felipe Caldas, foram realizadas várias diligências para chegar até os irmãos. “Temos vários indícios da participação dos dois. Um deles, o Hemerson Palmeira, chegou a usar o chip telefônico do professor”, disse o delegado.
A polícia já realizou a oitiva de um dos suspeitos e acredita que há mais envolvidos no assassinato de Daniel Thiele. A informação é de que ainda não se sabe o que motivou o crime, porém é quase certa a hipótese de que Daniel foi primeiramente asfixiado e em seguida carbonizado. Os irmãos negam a participação no crime e alegam não conhecer o professor.
Ainda segundo o delegado, não há confirmação se o corpo encontrado carbonizado nesta manhã é do professor. “Não temos como confirmar isso ainda, mas acreditamos que sim. O corpo estava carbonizado, com marcas de arame no pescoço e as portas traseiras do veículo estavam abertas, como se os criminosos tivessem fugido apressadamente. Mas estes detalhes só a perícia poderá confirmar”, pontuou Felipe Caldas.
O irmão da vítima, Marcelo, que mora em outra cidade, esteve presente na coletiva e disse que “Daniel não tinha parentes morando em Maceió. Ele morava sozinho. Eu disse ao meu pai que traria ele vivo ou morto”, explicou.
O caso
O professor da Ufal, Daniel Thiele, estava desaparecido desde o dia 20 de setembro. As câmeras da SSP flagraram quando o professor entrou na universidade e após quatro minutos se dirigia a saída, não sendo mais visto em seguida.
Nesta manhã foram encontrados um corpo e um veículo totalmente carbonizados pelo Grupamento Aéreo da SSP, em um canavial em que eram realizados vários desmanches de veículos, próximo ao município de Pilar.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) disse que o corpo será submetido a exames da arcada dentária para identificar se de fato se trata do professor desaparecido. Caso não haja registros de tratamento dentário, os peritos irão recorrer ao exame de necropapiloscopia, o qual pode ser prejudicado já que o corpo está carbonizado. O exame de DNA deverá ser utilizado em último caso.
Cada MInuto
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