A Perícia Oficial de Alagoas confirmou nesta terça-feira (07) que o policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior estuprou a estudante Maria Aparecida Pereira, de 18 anos, antes de matá-la, no bairro Pontal da Barra, em outubro de 2019. O militar também deixou o namorado da jovem ferido.
A perita Rosana Coutinho, responsável pelos exames, explicou que a unidade recebeu 12 solicitações. Desses, apenas um não foi realizado porque a vítima não compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) no dia do crime para realizar a coleta do material genético. No exame de Maria Aparecida foi constatada “a coincidência com alelos verificados nos mesmos marcadores do perfil genético do suspeito Josevildo”, explicou Rosana.
Os resultados mostraram ainda que seis das 12 vítimas foram estupradas por outro homem, e não pelo policial militar. “Em todos esses seis casos identifiquei um perfil genético masculino idêntico, que no entanto não coincide com o perfil genético de Josevildo Valentim. Os resultados desses exames apontam que todos esses crimes foram cometidos pelo mesmo homem e essa informação será de extrema importância para o prosseguimento das investigações”, afirmou a perita.
Outros quatro exames apresentaram resultados inconclusivos, pelo fato de o material biológico estar degradado. Estes casos foram registrados nos municípios de Rio Largo e Pilar, e dois no bairro Forene, em Maceió. Os seis casos atribuídos ao possível estuprador em série foram registrados nos bairros de Garça Torta (dois) e Ipioca (dois), e dois em Rio Largo. Todos os laudos foram encaminhados para as delegacias que solicitaram os exames.
Para a realização dos exames foram enviados ao laboratório swabs coletados das mucosas vaginais e anais das vítimas, durante o exame de lesão corporal. Os materiais foram confrontados com material biológico da mucosa oral de Josevildo, que autorizou a coleta por meio de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Todas as amostras do DNA extraído encontram-se arquivadas no Laboratório de Genética para contra perícia, conforme prevê o Código de Processo Penal (CPP). O mesmo material também poderá ser utilizado para novos exames de confronto genético envolvendo o PM, ou outros suspeitos de terem cometidos os seis estupros, que continuam sendo investigados pela polícia judiciaria.
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