O delegado Robervaldo Davino, titular do 6º Distrito Policial, já iniciou as investigações sobre a tentativa de homicídio sofrida pela transexual Paula Araújo, a Paulinha, no domingo (11), em um apartamento nas imediações da Praça Ganga Zumba, no bairro de Cruz das Almas.
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Segundo dados do delegado, já existe um suspeito, mas ainda não se tem a identidade do acusado. Sabe-se que é um homem forte, louro, que vestia um casaco preto e calça. O fato das câmeras do circuito interno de segurança do prédio estarem sem funcionar dificultou na identificação do acusado.
“Tomamos conhecido do caso por meio das redes sociais. Fomos ao local e constatamos o fato. Conversamos com as amigas da vítima e conseguimos o telefone da proprietária do apartamento, que também irá prestar depoimento. Temos um suspeito, mas não temos a identidade”, informou o delegado.
Ainda conforme informações apuradas por Robervaldo Davino, o prédio possui alguns apartamentos que são utilizados por garotas e garotos de programa. Com isto, é possível que o acusado tenha passado por outros apartamentos, mas como estava sem dinheiro não conseguiu contratar nenhuma acompanhante.
“Ele deve ter ido em outro apartamento, mas como não tinha dinheiro não conseguiu contratar e ao passar pelo apartamento de Paulinha a encontrou e fez um acordo que gerou toda a situação”, disse o delegado.
Testemunha
Hoje, uma amiga de Paulinha, Débora Jaqueline esteve no 6º Distrito Policial para prestar depoimento. Lá, ela contou a equipe da TV Pajuçara que o caso aconteceu por volta das 7 horas de ontem (11) e acordou com os gritos de socorro da amiga. “Estava dormindo com uma amiga em outro quarto quando acordei com Paulinha gritando por socorro. Quando sai do quarto para socorrê-la, vi um homem louro, alto e forte trancando a porta. Antes de sair correndo ele disse que ‘ela tinha que morrer’”, contou Débora.
A testemunha falou ainda que mesmo ferida Paulinha contou que ele não quis cumprir o acordo, mas não revelou detalhes do que foi combinado. A vítima também teria dito que não o conhecia. ”Ela tava fraca e não deu detalhes. Disse que ele não cumpriu o acordo e não sabia quem ele era. Provavelmente não quis pagar. A gente cobra geralmente R$250 por programa. Como ela fez um acordo, não sei o valor exato”, disse.
Débora Jaqueline disse também que a faca utilizada para o crime era do próprio apartamento. “Ele deve ter pego a faca na cozinha para esfaqueá-la”, finalizou.
A Polícia Civil pede que aqueles que tiverem informações sobre o paradeiro do acusado entrem em contato com a polícia por meio do 181. A identidade do denunciante é mantida em sigilo.
Fonte: Alagoas 24 Horas
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