Como havia adiantado o jornalista Ricardo Mota em seu blog no TNH1, o delegado-geral Paulo Cerqueira deixa o comando da Polícia Civil alagoana. Cerqueira foi indiciado pela Polícia Federal em inquérito que investiga a morte do advogado Nudson Harley. A suspeita é de que o alvo seria o hoje juiz aponsentado, Marcelo Tadeu.
Na nota, leia na íntegra abaixo, Cerqueira classifica seu indiciamento como “um equívoco” da Polícia Federal, e nega qualquer envolvimento no homicídio. “Rechaço, em nome da verdade, qualquer envolvimento em trama criminosa, muito menos em desfavor de uma pretensa vítima, com a qual sempre mantive relação cordial e respeitosa”.
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Leia a nota na íntegra:
NOTA
Tomei a iniciativa de entregar o honroso cargo de Delegado-Geral, pelo amor que dispenso à minha Instituição e para não permitir ataques infundados aos relevantes serviços prestados diariamente pela Polícia Civil à sociedade alagoana.
Com a consciência tranquila e uma história de vida pautada na honestidade e no trabalho, recebi a notícia do indiciamento com a certeza de ser uma grande injustiça, pois sempre pautei minha atuação com respeito ao cidadão e à Lei.
Após 18 anos de carreira policial, tendo exercido diversas funções na segurança pública e enfrentado o crime em todas as suas vertentes, sem nunca ter sido sequer citado em boletim de ocorrência, fui tristemente surpreendido com o envolvimento do meu nome em fatos desconexos com a realidade.
Nesta oportunidade, agradeço a confiança e o apoio recebido dos integrantes da Polícia Civil durante minha jornada na Direção-Geral, na qual tive oportunidade de estar à frente nas gestões de vários secretários de segurança e dois governadores de estado, de perfis distintos e partidos diversos, sem apadrinhamento político, demonstrando meu perfil técnico para o exercício da função.
Rechaço, em nome da verdade, qualquer envolvimento em trama criminosa, muito menos em desfavor de uma pretensa vítima, com a qual sempre mantive relação cordial e respeitosa, e que a mim sempre dispensou o mesmo tratamento respeitoso, não tendo no passado e no presente qualquer motivação para ataque à integridade física do então magistrado.
Comungando do mesmo pensamento de sempre, reconheço o valoroso serviço prestado pela Polícia Federal, entretanto, afirmo categoricamente que, após 11 anos do citado delito, essa honrada Instituição se equivocou em promover meu indiciamento.
Meus familiares, amigos, colegas de profissão e, especialmente, a sociedade podem ficar tranquilos, sou inocente e a história da minha vida é a minha principal testemunha.
Finalizo, com a cabeça erguida e a consciência tranquila, acreditando em Deus e na justiça dos homens, convicto que a verdade sempre prevalecerá.
Por meio de nota, o Conselho Superior da Polícia Civil (CONSUPOC) repudiou as informações que constam no inquérito da Polícia Federal e defendeu a conduta do delegado Paulo Cerqueira na Polícia Civil. Veja nota na íntegra abaixo.
O Conselho Superior da Polícia Civil (CONSUPOC) repudia o teor das informações que relacionam o Delegado Geral desta Instituição como autor intelectual em crime de homicídio ocorrido no ano de 2009.
À época do fato, Paulo Cerqueira comandava a Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), e foi designado, em caráter especial, pelo então Delegado Geral, para investigar o referido crime. Em concluindo os autos, estes foram remetidos ao Poder Judiciário, e quando do retorno da referida peça investigativa, fora designada outra autoridade policial desta instituição para a continuidade do feito.
É de bom alvitre ressaltar que Paulo Cerqueira cumpre seu mister nesta Instituição há aproximadamente 20 anos. Sendo responsável pela elucidação de crimes de mando e de organizações criminosas, portanto, a correta persecução criminal sempre foi prioridade na gestão das unidades por onde atuou.
Em decorrência de sua postura profissional, foi convidado para exercer altos cargos na cúpula diretiva da Segurança Publica, sendo inclusive Delegado Geral por duas vezes, com reconhecimento por parte de todos os membros desta Instituição e das demais forças da Segurança Pública de Alagoas.
KÁTIA EMANUELLY CAVALCANTE CASTRO;
CARLOS ALBERTO ROCHA FERNANDES REIS;
VALDEKS PEREIRA DA SILVA;
FRANCISCO DE ASSIS AMORIM TERCEIRO;
CÍCERO LIMA DA SILVA;
ANTÔNIO CARLOS AZEVEDO LESSA;
JOSÉ CARLOS ANDRÉ DOS SANTOS;
MÁRIO JORGE MACHADO BARROS;
VALTER NASCIMENTO ROCHA;
GUSTAVO XAVIER DO NASCIMENTO
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