A celebração aconteceu no sábado, 04 de Dezembro, em uma casa de festas na Capital alagoana e ganhou repercussão depois de uma matéria publicada pelo site UOL, na qual a pastora qua atua na Igreja Batista do Pinheiro – que desde 2016 não faz mais parte da Convenção Batista do Brasil por aceitar incluir e batizar pessoas homossexuais – declarou “saber estar vivendo algo que é fruto de muita luta” e que se sentiu “honrada e privilegiada de ser celebrante de um momento novo e histórico dentro da tradição de igrejas batistas no Brasil”.
Em áudio amplamente divulgado nas redes sociais, o representante da comunidade do Pinheiro, Alexandre Sampaio, relatou que as ameaças foram feitas pela internet, em mensagens enviadas ao perfil da pastora em uma rede social. O criminoso enviou imagens de armas, áudios e mensagens ameaçando disparar cinco tiros na cabeça da pastora, além de afirmar que estava monitorando a sua família.
A filha da pastora, que faz mediação das redes sociais da mãe, postou mensagens denunciando as ameaças sofridas por sua mãe após a divulgação de notícias sobre o casamento:
Filha de pastora que realizou casamento homoafetivo em Maceió denuncia ameaças de morte — Foto: Reprodução/Twitter
“A minha mãe recebeu ameaça de morte no Instagram dela. Um louco que se diz de Maceió, mandou foto de arma, áudios dizendo que estava monitorando ela e a família, que vai dar cinco tiros na cabeça dela por celebrar um casamento homoafetivo”, afirma a filha da pastora.
Na manhã desta quarta-feira (15), Odja esteve na sede da Delegacia-Geral de Alagoas acompanhada do esposo, da secretária da Mulher, Maria Silva, do promotor de Justiça, Alexandre Magno, da vereadora Teca Nelma, entre outras pessoas, para prestar depoimento. Ela foi recebida pelo delegado geral, Carlos, Reis, que designou como delegada especial, a delegada Luci Mônica, titular do 9º Distrito Policial para presidir o inquérito policial.
“O objetivo da Polícia Civil é encontrar, o mais rápido possível, o autor das ameaças virtuais para que ele responda pelo crime”, frisou Carlos Reis.
“Não vamos medir esforços para chegar a autoria dessa ameaça”, disse Luci Mônica.PC/AL
Pastora Odja Barros é recebida na sede da Polícia Civil
O Grupo Gay de Alagoas (GGAL) também emitiu nota de solidariedade a pastora:
Nota de solidariedade a Pastora e teóloga Odja Barros
O Grupo Gay de Alagoas – GGAL, entidade fundadora do movimento LGBTQIA+, vem por meio desta nota repudiar veementemente as ameaças proferidas contra a pastora batista e teóloga Odja Barros, que realizou o primeiro casamento entre duas mulheres, celebrado por uma autoridade religiosa em Alagoas.
Ao mesmo tempo nos solidarizar com a pastora e familiares, que diretamente ou indiretamente sofrem a tenção, pelas ameaças proferidas por algum criminoso covarde, que através de sua rede social ou um fake, ameaçou a pastora de atirar por várias vezes em sua cabeça.
Ainda e especialmente na sociedade atual, com a velocidade de notícias disseminadas pelas redes sociais, tem-se a compreensão da dimensão do gesto público, sendo certamente uma decisão difícil e corajosa de uma figura pública ir contra dogmas que até hoje só serviram para proliferar o ódio entre pessoas.
Numa sociedade ainda permeada pela chagada do preconceito, faz-se imprescindível que entidades defensoras dos direitos humanos tenham à mesma postura do do GGAL, de denunciar e defender à liberdade de expressão religiosa da pastora.
Mesmo a luta do movimento LGBTQIA+ ser por direitos civis, aqueles conquistados e garantidos através de decretos, portarias, resoluções e em especial os em leis, não podemos deixar de ovacionar a pastora e teóloga Odja Barros, de abrir as portas de sua igreja para acolher as minorias.
Aqui ressalto mais uma vez que cobraremos incansavelmente uma celeridade e rigor por parte do delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas – Carlos Alberto Rocha Fernandes Reis, que o mais rápido possível esse criminoso seja preso, ao mesmo tempo também cobraremos da justiça, que o direito fundamental de liberdade de expressão religiosa não seja tirado por criminosos como esse.
Maceió 15 de dezembro de 2021.
Nildo Correia
Presidente do Grupo Gay de Alagoas
Como que essa ex pastora que pelo jeito nunca leu a bíblia, “se sentiu “honrada e privilegiada de ser celebrante de um momento novo e histórico dentro da tradição de igrejas batistas no Brasil” se ela não faz parte da igreja batista?
P.S. Ninguém deve ameaçar tirar a vida de ninguém, deixem que Deus fará a justiça.
A mas o que é isso?
Ela não leu a bíblia?
“Por essa razão, o HOMEM deixará pai e mãe e se unirá à sua MULHER, e eles se tornarão uma só carne”
Gênesis 2:24
Se ela quer fazer esses casamentos que ela adote outro livro como manual de fé. Tem mas de 25 outras religiões que devem aceitar.
Mas Não se pode mudar a Lei que está na bíblia, respeitem!
Isso não justifica as ameaças de morte!
” Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor”
LEIA O CAPÍTULO COMPLETO: ROMANOS 12