O pai suspeito de violentar sexualmente e matar um bebê de apenas dois meses tentou limpar os vestígios do crime, afirmou o delegado Eduardo Mero. O crime ocorreu nessa segunda-feira (31), no bairro do Bom Parto. Conforme o delegado, o homem, que se encontra preso, teria lavado o lençol e o colchão antes da chegada da polícia. O chefe de serviço da Delegacia da Criança e do Adolescente disse à TV Gazeta que a causa da morte da criança foi traumatismo craniano.
“Os vizinhos e a mãe da criança estavam na unidade de saúde quando ele ficou em casa só e lavou o lençol e o colchão em que estavam a criança. Mas, a equipe da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) foi ao local e registrou a cena do crime”, disse.
Ainda conforme Mero, o delegado Francisco Medson, que atendeu a ocorrência, solicitou a coleta do material biológico tanto do pai quanto da criança para confirmar a origem da violência.
O delegado conta que o bebê, que completaria dois meses nesta terça-feira (1º), e a mãe, de 13 anos, já foram agredidos pelo suspeito outras vezes. Além dos crimes cometidos contra a criança, o homem também deve responder por estupro de vulnerável.
“Foi um crime bárbaro. Ela já sofria algumas agressões e isso foi relatado por testemunhas e pela própria mãe da criança. Os laudos foram solicitados ao IML, assim como outras oitivas que serão feitas nos próximos dias, e serão anexados ao inquérito, que deve ser concluído em 10 dias”, concluiu Mero.
Na tarde de hoje, a mãe da criança será ouvida pela delegada Simone Marques, responsável pela investigação do caso.
O caso
De acordo com a Polícia Militar (PM), acionada para a ocorrência, o bebê deu entrada na unidade de saúde Dayse Breda, na Levada, já em óbito, apresentando sinais de violência sexual e física.
A criança, conforme a polícia, estava com um olho inchado, hematomas no braço, além de apresentar dilacerações na região dos testículos e lesões graves no ânus.
O suspeito, de 21 anos, que não teve a identidade divulgada, foi encaminhado, em seguida, à Central de Flagrantes I, no Farol, onde foi autuado por homicídio qualificado.
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