A Justiça decretou, nesta quinta-feira (22), a prisão preventiva do padrasto suspeito de torturar o enteado de cinco anos na cidade de Pão de Açúcar, no interior de Alagoas. O homem, identificado como Antônio Carlos do Nascimento, de 27 anos, confessou o crime. Ele foi qualificado pelo cometimento do crime de lesões corporais graves, resultando perigo de vida.
No interrogatório à polícia, o padrasto disse que “perdeu a cabeça, com ciúmes e bateu no menino com uma tábua”. O policiais que atenderam a ocorrência contaram que foram acionados por volta das 21 horas, dessa quarta-feira (21), sobre a entrada no hospital de uma criança toda lesionada nas costas, no rosto e, segundo os médicos, com a perna, braço e costelas fraturadas, correndo perigo de vida.
A mãe contou que a criança ficou daquele jeito após a agressão praticada pelo padrasto. Segundo consta no auto de prisão em flagrante, Antônio Carlos do Nascimento também costuma agredir fisicamente a mãe da criança e uma outra filha dela, de nove anos de idade.
A mãe da criança contou ainda que Antônio Carlos batia no menino com uma ripa de madeira, pisava e batia na barriga da criança, batia na outra filha, falava que ia matar a mulher e os filhos. A mulher disse também que no dia das agressões o menino estava muito mal, todo roxa, todo espancado pelo autor.
O magistrado determinou que conste da comunicação à autoridade policial a advertência para que adote todas as medidas necessárias para que o menino seja submetido a exame de corpo de delito, pelo IML, no momento oportuno. O juiz mandou oficiar também o hospital de Pão de Açúcar, o Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo, de Santana do Ipanema e ao hospital de Arapiraca, onde a vítima se encontra internada, para que remetam à Justiça, em cinco dias, os prontuários dos respectivos atendidos feitos ao menino.
O CASO
Um homem de 27 anos foi preso nesta segunda-feira (21) em Pão de Açúcar, na região do Baixo São Francisco, suspeito de torturar o enteado de cinco anos de idade. Entre as agressões, o padrasto teria queimado as partes íntimas da criança com um ferrão usado para marcar animais e quebrado algumas costelas do menino.
O caso foi descoberto após a mãe levar o menino para atendimento médico na unidade de saúde local, onde os profissionais não acreditaram na versão de queda de cavalo contada por ela e acionaram o Conselho Tutelar e a Polícia Militar.
Não bastasse tanto sofrimento, o pequeno J.S. ainda passou por um grande susto durante o atendimento. Isso porque, enquanto era transportado de uma unidade de saúde na cidade de Santana do Ipanema para outra em Arapiraca, a ambulância em que ele estava pegou fogo.
Felizmente, a criança foi retirada imediatamente com segurança de dentro da viatura pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sem nenhum dano físico, e em seguida transportada até o hospital em Arapiraca.
De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital de Emergência do Agreste, o menino está com quadro de saúde estável, aguardando a transferência para a Sala de Recuperação Pós-Anestésica.
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