O Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima confirmou nesta sexta-feira (27), a identificação da ossada encontrada às margens da BR-424, no Polo Cloroquimico de Marechal Deodoro. Os restos mortais são do jovem Alberto Luiz Monteiro Xavier Lins, de 18 anos, desaparecido há mais de um mês.
A identificação foi realizada através do exame odontolegal realizado pela perita odonto legista Claudia Ferreira. Ela explicou que o exame consiste na análise comparativa da arcada dentária do cadáver com a documentação ortodôntica de tratamentos dentários realizados pela suposta vítima em consultório ortodôntico e que são apresentadas pela família.
Claudia Ferreira explicou que a ossada foi encontrada no dia 26 de março sem nenhum tipo de documento de identificação. No local havia apenas um short de cor cinza, indicando que poderia ser de uma vítima do sexo masculino.
Na última quarta-feira, a mãe de Alberto Luiz, esteve no setor de perícias de odontologia legal do IML da Capital. Ao verificar o banco de dados do órgão, ela identificou entre os registros fotográficos, a roupa utilizada pelo filho no dia 20 de março, data em que ele desapareceu no bairro Antares.
Diante da possibilidade, a odontolegista fez uma entrevista com a família e descobriu que o jovem tinha colocado recentemente um aparelho ortodôntico em uma clinica dentária. A mãe foi orientada a apresentar a documentação para a realização do método cientifico que levou a confirmação da identidade da ossada como sendo de Luiz Alberto.
Setor de Odontologia legal
A perita odontolegista explicou que familiares de pessoas desaparecidas devem sempre que puder procurar o setor de pericia de odontologia legal no IML para olhar o arquivo de corpos não identificados. Atualmente, órgão contabiliza 25 corpos necropsiados sem identificação, e outros 10 foram enterrados como indigentes.
Ainda tem casos de corpos identificados e que permanecem na sede IML porque a família desconhece a sua existência, ou por algum motivo particular, ignora o corpo na unidade. Todos esses cadáveres, roupas e objetos encontrados no local são fotografados pelos odontolegistas e mantidos em um banco de dados para ajudar no reconhecimento de pessoas desaparecidas.
Fonte: TNH
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