Com a transferência de presos pertencentes a organizações criminosas em Alagoas, a reação de supostos membros, que não estão custodiados, foi de atacar alguns prédios públicos e agências bancárias, deixando bilhetes na busca de conseguir que o Estado reverta acomodação dos reeducandos nas unidades. A situação é investigada pelo Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública.
O “pedido” é exposto através dos bilhetes deixados nos locais dos ataques e referem-se, principalmente, aos custodiados no Presídio de Segurança Máxima, localizado no município de Girau do Ponciano. O recado é quase sempre no mesmo tom e cobra uma posição rápida do Governo do Estado.
Nesta segunda-feira (23), após atacarem uma agência no bairro do Farol, em Maceió, uma organização criminosa ameaçou “tocar fogo geral” caso alguma posição não fosse tomada. Um coquetel molotv foi lançado dentro do banco.
Veja o que diz o recado:
O Governo do Estado adotou a transferências dos presos entre os presídios em Alagoas como uma medida de evitar uma grande rebelião nas unidades, como ocorreram em Manaus e no Rio Grande do Norte. Para evitar o confronto entre as facções rivais, o presídio de Segurança Máxima em Maceió para abrigar 241 presos.
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O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas afirma que a situação dentro das unidades é delicada apesar das medidas adotadas e uma das organizações criminosas, que atuam no estado, quer a saída de alguns membros do Presídio do Agreste. “Isso é porque eles estão em menor número lá no agreste, mas acreditamos que esses recados sejam verídicos”, colocou Kleyton Anderson.
O presidente do Sindicato dos Bancários em Alagoas colocou que a entidade neste momento realiza uma avaliação da situação visitando as agências bancárias que foram alvos dos criminosos. Jairo França disse que qualquer posição somente ocorrerá após uma reunião com a categoria.
No final de semana, a unidade da Caixa Econômica Federal no município de Arapiraca foi alvo de bandidos, que atearam fogo em caixas eletrônicos. A sede da prefeitura de Campo Grande também foi alvo.
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Sobre os ataques, a Secretaria de Segurança garante que todas as equipes de inteligência trabalham de forma integrada e que aguarda os resultados das investigações para repassar de forma concreta o que foi diagnosticado. O secretário Lima Júnior fala com veemência que ” a segurança pública não trabalha em cima de achismo e que as respostas esperadas pela sociedade serão dadas”.
Fonte: Cada Minuto
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