O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) informou, nesta sexta-feira (15), que vai investigar a denúncia de que um segurança do supermercado GBarbosa, no Conjunto Stella Maris, em Maceió, agrediu uma criança que havia furtado um desodorante do estabelecimento. O órgão teve acesso a um vídeo que mostra o menino sendo arrastado pelo segurança, sob protesto dos clientes (veja acima).
As imagens, gravadas no estacionamento do supermercado, mostram um homem com farda de uma empresa de segurança arrastando a criança pelo braço. Algumas pessoas gritam para que o homem pare de agredir o menino.
O vídeo também mostra um desodorante na mão do segurança. De acordo com um internauta que presenciou toda a cena, e que pediu para não ser identificado, a tentativa de furto do produto foi o que desencadeou toda a confusão. Ele aparece em um outro trecho do vídeo abrindo a carteira e retirando dinheiro para pagar pelo desodorante.
Por meio de nota, o GBarbosa informou que os seguranças de suas lojas não têm autorização para praticar nenhum ato de violência ou agressão em suas dependências. A empresa disse ainda que está apurando os fatos para tomar as devidas providências.
“Eu pensei que era alguma coisa mais grave, que ele tinha feito mal a alguém no supermercado. Mas era um furto, ele não poderia ter tratado o menino daquele jeito. Mesmo que fosse algo mais grave, o ideal era ter chamado a polícia ou o Conselho Tutelar, não pegar o menino pelo braço e arrastar daquele jeito”, contou o internauta.
A promotora de Justiça Dalva Tenório informou que está analisando as imagens e que vai solicitar que seja feito um Boletim de Ocorrência na delegacia da área para a abertura de um inquérito.
“Recebi o vídeo ontem (quinta) e achei um absurdo o que aconteceu. Nesses casos, o estabelecimento deve chamar o Conselho Tutelar, que toma as devidas providências”, disse a promotora.
Dalva falou que, neste caso, se for comprovado que houve a agressão, tanto o supermercado como o funcionário deverão ser punidos. “Quando o supermercado se depara com algum caso envolvendo criança, deve encaminhar para o Conselho, que entra em contato com a família. Se os pais ou responsáveis não tiverem condições de tratar do menor, ele deve ir para um abrigo”, completou.
Fonte: G1
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