A Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas deve concluir em 60 dias o Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga o envolvimento de cinco militares no desaparecimento do jovem Humberto Thiago de Araújo Neto, ocorrido no dia 1º de fevereiro, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió.
Os militares do BPTran e do Serviço de Inteligência já foram identificados e prestaram depoimento, mas alegam que os jovens abordados naquele dia não foram Humberto e Vitor. Os militares afirmaram, ainda, que os suspeitos foram liberados e “entregues às suas famílias”. As informações foram fornecidas pelo coronel Reinaldo Cavalcante à TV Gazeta.
O caso se arrasta há meses e ganhou repercussão depois que a família de Humberto Thiago denunciou o desaparecimento ao comando do BPTran e à OAB/AL. Segundo a irmã da vítima, ele foi abordado por elementos encapuzados em um carro prata quando voltava de uma quadra de esportes próximo ao Parque da Pecuária. Após a abordagem, uma viatura do BPTran foi chamada para ‘dar apoio’. Nenhum militar investigado foi afastado das funções até o momento.
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Além de Humberto Thiago, um jovem identificado como Victor também foi levado a um matagal por trás da Braskem, onde teriam sido espancados e torturados. Victor foi liberado, mas Humberto Thiago nunca mais foi visto com vida. O caso apresenta várias irregularidades, uma vez que as viaturas ficaram “desaparecidas” das 18h às 23h do dia 1º. E mais, o boletim com a ocorrência só foi registrado 24 horas após a abordagem pelos militares.
A Delegacia Geral de Polícia Civil designou um delegado especial para investigar o caso. A reportagem do Alagoas 24 horas tentou contato com o delegado Guilherme Iusten, especialmente designado para a investigação, mas ainda não obteve êxito.
Fonte: Alagoas 24 Horas
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