O assassinato do 1º sargento da reserva José Maria dos Santos, 52, já esta esclarecido. Pelo menos para a polícia.
Era noite de 19 de julho e a vítima estava sentada por trás de um balcão em uma papelaria – de sua propriedade – na Avenida Bela Vista, no Conjunto Cidade Sorriso 1, no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió.
O local estava cheio – o que era comum – já que além de ser papelaria, o pequeno imóvel também era uma lan hause. Todos – a maioria jovens –passavam horas se divertindo em redes sociais ou jogando.
O filho da vítima, Jalmerys Ângelo dos Santos, confirmou em depoimento que em meio ao barulho dos clientes, muitos saindo e entrando do local, que três jovens entraram. Mesmo reconhecendo os recém chegados – integrantes de uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e assaltos – o pai não acreditou que seria morto pelos adolescentes.
Um deles, identificado posteriormente como Aldo, foi até o balcão e teria comentado com Zé Maria (era assim que todos chamavam a vítima) se ele tinha crédito para celular.
Zé Maria estava sentado e por trás dele havia uma garota que teria notado quando Aldo sacou uma arma. A jovem recuou e o adolescente deflagrou o primeiro tiro na vítima que caiu agonizando. Na sequência o assassino deflagrou outros dois tiros. Ao todo foram três disparos, sendo um nas costas e dois na cabeça. Parte da massa cefálica ficou espalhada no chão. O ex-policial militar ainda foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde entrou em óbito na área vermelha.
Foram dias de investigações realizadas por uma das equipes da Delegacia de Homicídios (DH) de Maceió.
Enquanto os matadores não eram presos a família do militar morto, temendo que os assassinos retornassem, deixou o imóvel onde morava há anos. Todos mantinham a certeza que Zé Maria tinha sido sentenciado à morte por traficantes incomodados por ele não permitir a venda de drogas em seu estabelecimento.
Semanas se passaram até que militares do Serviço de Inteligência (SI), da Força Nacional (FN), localizaram um adolescente que conhecia todos os envolvidos e sabia dos detalhes da noite do crime.
O depoimento do menor foi esclarecedor.
“Quem matou o sargento foi o Aldo. O sargento tava sentando. O Aldo entrou e tinha uma menina sentada por trás dele (sargento). Ai a menina se afastou do Zé Maria e o Aldo atirou. Foi pá, pá, pá. Ai o Zé Maria caiu e o povo saiu correndo”, disse à testemunha que também integra o mesmo grupo de bandidos, mas que naquela noite – disse ele a polícia – estava sozinho na frente da papelaria.
A testemunha ainda acrescentou em seu depoimento.
“Ele (Aldo) deu o primeiro tiro e quando Zé Maria caiu deu os outros”.
Aldo estaria na companhia dos comparsas, também menores, identificados como Maxswell e “Bicudo”, reconhecidos por outras testemunhas.
A certeza da impunidade era eminente. Os três envolvidos – diariamente e armados – passavam pelo local do crime e afrontavam as pessoas, que com medo, preferiam não denunciá-los.
A época a polícia chegou a investigar a discussão de José Maria com uma moradora do mesmo conjunto. Durante o bate boca os dois teriam entrado em vias de fato e a princípio se acreditou que o crime tivesse alguma relação.
Mas o depoimento do comparsa levou os policiais localizarem o trio. Aldo – o que atirou – afirmou que o motivo do crime foi à retaliação por parte da vítima em não aceitar um “ponto de drogas” dentro ou na frente da papelaria.
“O sargento tava boicotando e vivia ameaçando entregar todo mundo. Ninguém mandou matar ninguém. Decidi e fui lá. Só foi isso”, declarou o adolescente infrator.
Mas o medo dos parentes de José Maria não diminuiu com o esclarecimento da morte. Os envolvidos, após prestarem depoimentos, darem detalhes do crime e serem reconhecidos por testemunhas, ganharam liberdade. Por serem menores, os pais dos suspeitos, foram convidados a comparecerem a Vara da Infância e da Juventude, para prestarem esclarecimentos sobre a vida social dos filhos.
A esposa da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que está insegura até quando está dentro do quarto de sua nova residência, em outro bairro de Maceió.
Procurando não se alongar na conversa, a viúva, com lágrimas aos olhos, disse que não tem ódio dos matadores do marido.
“Ódio é um sentimento muito forte para um ser temente a Deus. Ele sabe e traçou nossas vidas. Eu e meus filhos perdemos um homem que nenhum outro irá substituí-lo. Agora só me cabe rogar mais proteção e forças para criar todos os filhos e que a Justiça seja feita”, finalizou ela.
Fonte: urgencia190
ele e meu tio mas eu peso que esses bandidos volte pra cadeia eles tem que paga pelo que fizero com meu tio a justiça de deus nao fanha ela chega na hora seta
Que pais é este, os autores do crime são presos, confessa e são liberados por ser menores, quanta injustiça, eles voltarão
as ruas para praticarem outros delitos, e
nada acontece, esse código panal é uma
vergonha.