O Juiz Léo Denisson Bezerra de Almeida concedeu, nesta sexta-feira (14), a liberdade provisória do italiano Fabrizzio Carlo Angelo Riccardi que é acusado de matar a esposa, em abril de 2013, na casa onde eles viviam na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. O laudo cadavérico apontou que a vítima foi morta por traumatismo encefálico.
O magistrado explica que excedeu o prazo de prisão do italiano e, por isso, foi concedido o alvará de soltura. O juiz diz ainda que por duas vezes convocou uma audiência na Comarca de Marechal Deodoro, mas Riccardi não compareceu e, por isso, a demora em julgar o processo.
O italiano foi preso na noite do dia 20 de abril de 2013, suspeito de asfixiar e matar a própria esposa com um pênis de borracha. De acordo com a polícia, peritos do Instituto de Criminalística encontraram um pedaço do material na garganta da vítima, o que poderia ter provocado a morte por asfixia. Ele foi abordado dentro de casa, na Praia do Francês, depois que vizinhos o denunciaram. Riccardi afirmou em depoimento aos policiais que a morte da esposa foi acidental.
O advogado do acusado, Luiz Antônio Cardoso, afirmou que o cliente não compareceu às audiências porque o Sistema Prisional de Alagoas não encaminhou Riccardi para a comarca.
A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP) confirmou que o alvará de soltura foi entregue nesta sexta-feira, mas informou não ter conhecimento de nenhum problema em relação às audiências de Riccardi. A assessoria afirmou que iria apurar o que de fato aconteceu para impedir o comparecimento do acusado à Justiça.
A promotora do caso Maria Aparecida Carnaúba foi contrária à decisão e disse que ficou chocada com as fotos anexadas ao processo. “Esse homem é muito ruim. Temos comprovação que ele agredia a esposa, tanto que ela andava de cadeira de rodas por causa de uma das agressões sofridas. O que ele fez com o pênis de borracha foi uma verdadeira armação para tirar o foco das agressões”, afirma.
Ainda segundo a promotora, o italiano vivia há 12 anos com a esposa no Brasil e já passou por vários estados até chegar em Alagoas. “Ele já veio da Itália porque cometeu crime de tráfico de drogas. O que eu puder fazer para manter ele preso, irei fazer”, diz Maria Aparecida ao reforçar que deve recorrer da decisão.
Já o advogado, diz que a morte da esposa do italiano foi acidental e, por isso, ele deve responder por crime culposo, quando não há intenção de matar. “Ele [Fabrizzio Riccardi] não matou a esposa como estão apontando, foi um acidente e nós vamos provar. Inclusive, o laudo cadavérico deixa dúvidas e não conclui que foi homicídio”, diz.
G1/AL
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