O corpo do menor, identificado como Artur Felipe da Silva Santos, assassinado por quatro companheiros de quarto na Clínica de Reabilitação Renascer (CRER), no município de Marechal Deodoro, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) no início da tarde desta terça-feira, 27. Dois conselheiros tutelares da região de Messias, que encaminharam o jovem de 12 anos ao tratamento no local, acompanharam os procedimentos e conversaram com o portal TNH1.
Artur Felipe foi sufocado e morto com golpes de lápis e pedaços pontiagudos de acrílico, retirados de um box de banheiro. De acordo com informações, o jovem se masturbava com frequência em frente aos colegas, e isso teria despertado um incômodo por parte dos acusados. Porém, o motivo do crime ainda segue sob investigação.
A conselheira tutelar Gilvânia Lima comentou o comportamento do menor. “O Artur Felipe era uma criança que apresentava alguns distúrbios. Ele mostrava que não tinha autodefesa. Procuramos meios legais que pudessem oferecer uma clínica em que ele ficasse em tratamento e oferecesse uma segurança. Infelizmente, nesta manhã, fomos comunicados sobre o que aconteceu”, disse.
“Quando a família procurou o Conselho Tutelar, Felipe estava entrando no caminho das drogas, mas usava de forma inocente, não tinha noção do que acontecia ao redor dele. Ele tinha apenas 12 anos, com mentalidade de cinco, seis anos. Então fomos procurados para oferecer um local que o tirasse do ambiente de risco em que ele estava vivendo. Procuramos uma clínica que oferecesse um acompanhamento tanto psicológico quanto psiquiátrico, pois ele dependia das duas especialidades”, destacou Gilvânia.
Também presente no IML, o conselheiro tutelar Marcos Sulivan conversou sobre o relacionamento do jovem com os demais companheiros de clínica. “Ele estava há mais ou menos um mês recebendo os cuidados da clínica, e segundo relatos de pessoas mais próximas, era uma relação que tinha alguns conflitos. O Artur apresentava um transtorno comportamental que dificultava a interação entre eles”, acrescentou.
Os menores envolvidos na morte do garoto estão sendo ouvidos pelo delegado Rodrigo Colombelli, em Marechal Deodoro. Após o procedimento, eles vão ser levados ao IML para a realização do exame de corpo de delito.
O Ministério Público (MP) deve abrir inquérito para investigar se houve falha da clínica.
tnh1
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