Na primeira audiência de instrução na Justiça, nessa terça-feira (4), as testemunhas da morte do empresário italiano Fabio Campagnola, no dia 3 de janeiro de 2023, na Praia do Francês, descartaram que o policial da reserva José Pereira da Costa, acusado de acometer o crime, agiu em legítima defesa. O homicídio foi registrado por câmeras de videomonitoramento.
Segundo o advogado da vítima, Marcelo Medeiros, a audiência reforçou as informações do inquérito policial, como a motivação do homicídio, que seria devido a um carrinho de churros.
“Inclusive, reforçando, que o Pereira chegou a cuspir no rosto do Fábio. E foi a partir desse momento que eles entraram em luta corporal. Então, assim, todas as testemunhas que foram ouvidas na data de ontem ratificaram e confirmaram tudo o que a gente vem dizendo desde o início. O homicídio qualificado em decorrência de motivo fútil. Homicídio praticado de forma que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que o segundo disparo ele foi dado no momento em que o Fábio Campagnola já estava no chão, sem qualquer possibilidade de exercer qualquer tipo de defesa”, contou o advogado.
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Ele ainda afirmou que, em depoimento, as testemunhas reforçaram que “José Pereira já chegou no estabelecimento muito alterado, derrubando as mesas da sorveteria, utilizando palavras de baixo calão, colocando o dedo no rosto do Fábio.”
Já o advogado do policial da reserva, em vídeo enviado à imprensa alagoana, disse que, durante a audiência, a defesa apresentou provas de que José Pereira foi agredido antes de efetuar os disparos contra o empresário italiano, na Praia do Francês.
“A defesa conseguiu trazer provas de que o mesmo, antes de efetuar os disparos, foi agredido fisicamente, praticamente espancado. Vamos aguardar algumas diligências em relação a esse processo, a fim de que possamos fazer as alegações finais e aguardar a sentença da juíza para que, então, possamos levar esse processo a julgamento pelo tribunal do júri popular. Esperamos que ele seja absolvido porque agiu, segundo a nossa ótica, sob o mando da legítima defesa”, afirmou.
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