Informações e foto de supostos suspeitos foram divulgadas na internet (Foto: Reprodução Facebook)
Um boato de que um casal estaria sequestrando crianças no município de Pilar, em Alagoas, para tráfico de órgãos assustou moradores da cidade. Na manhã desta quarta-feira (6), o delegado do município, Leonan Pinheiro, informou que recebeu a denúncia através do Conselho Tutelar municipal, mas que a hipótese foi descartada.
Na denúncia, uma foto de um casal está sendo divulgada com a frase “Atenção sociedade Pilarense. Compartilhem a foto desse casal tentando sequestrar crianças aqui em nossa cidade”, além da informação de que o sequestro é para tráfico de órgãos.
Em outras publicações, a foto do mesmo casal está associada a imagens do corpo de uma criança dentro de um balde com as vísceras à mostra e a cabeça cortada.
Também estão sendo divulgados áudios por meio de aplicativos. Em um deles, um homem diz que “acabaram de levar uma criança”. Ele fala ainda que os criminosos agem em um EcoSport preto.
Em outro áudio, uma mulher também faz um alerta sobre uma dupla que quer tirar foto da filha dela para um outdoor.
“Um casal em uma Picape sequestrou um garotinho de cinco anos”, diz trecho da gravação.
Segundo o delegado, o caso chegou formalmente à delegacia na segunda (4), mas as imagens e os áudios já circulavam nas redes sociais desde a semana passada e estavam sendo apurados pela polícia local. Leonan informou que o Conselho fez a denúncia com base nas publicações das redes sociais.
“Investigamos e, pelo que descobrimos, se tratam de boatos com informações misturadas de casos que aconteceram em outros estados. Inclusive, a cidade que cita em áudio, que seria Pilar, se refere a outro estado do país”, explicou o delegado ao ressaltar que nenhum inquérito sobre o caso foi aberto.
A respeito da imagem do corpo da criança, Leonan disse que a enviou para um legista que informou se tratar da foto de um livro publicado em 2013 sobre ritual macabro. “Também procuramos informações na cidade sobre o casal e não conseguimos nem confirmar se eles são de Alagoas”, expôs o delegado.
Do G1 AL
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