Justiça alagoana condenou os cinco integrantes de uma facção acusados de torturar, estuprar e matar a jovem Joyce da Silva Alves, à época com 22 anos, em fevereiro de 2019. A jovem estava em uma festa quando, segundo a polícia, fez o símbolo de uma facção rival, o que irritou Clécio Gomes Barbosa, Elton Jhon Bento da Silva, Jullyana Karla Soares da Costa, Maria Mariá Araújo Epifânio e Lady Laura Rodrigues Paulino.
Clécio Gomes Barbosa foi condenado a 31 anos, um mês e sete dias de reclusão, bem como o pagamento de 10 dias-multa, à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato por homicídio triplamente qualificado, tortura, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Elton Jhon Bento da Silva foi condenado a 26 anos, seis meses e 14 dias de reclusão, bem como o pagamento de 10 dias-multa, à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato por homicídio triplamente qualificado, tortura, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Jullyana Karla Soares da Costa foi condenada a 29 anos, dois meses e seis dias de reclusão por homicídio triplamente qualificado, tortura e corrupção de menores.
Maria Mariá Araújo Epifânio foi condenada a 22 anos, seis meses e 25 dias de reclusão por homicídio triplamente qualificado e tortura.
Lady Laura Rodrigues Paulino foi condenada a dois anos, um mês e 15 dias pelo crime de tortura.
De acordo com a sentença, os condenados Clécio Gomes, Elton Jhon, Maria Mariá e Jullyana Karla devem iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Todos eles estão presos desde 12/02/2019, o que não altera o regime inicial de cumprimento de pena. A pena de Lady Laura, por sua vez, deve ser iniciada em regime semiaberto. O juiz negou o pedido de recorrer em liberdade dos quatro primeiros réus. Já a Lady Laura poderá recorrer em liberdade.
Acusados sentados na primeira fila durante depoimento do delegado Thiago Prado, que investigou o caso. Foto: Cortesia / Ascom MPE |
Relembre o caso – A jovem Joyce da Silva Alves foi assassinada no dia 10 de fevereiro de 2019. De acordo com a polícia, ela teria feito um gesto da facção Comando Vermelho (CV), o que irritou os réus, que tomaram o celular da vítima, informando que a região era dominada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Após o gesto, Clécio Gomes teria ordenado que Jullyana, Lady Laura e Maria Mariá torturassem Joyce, que depois foi levada para uma área deserta do conjunto, onde Elton e Clécio desferiram múltiplas pauladas e cravaram uma estaca em sua cabeça. Os réus Elton e Jullyana teriam feito que os dois filhos menores assistissem às agressões, explicando que era assim que integrantes da facção rival tinham de ser tratados.
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