Familiares da jovem, Bruna Rafaela da Silva Santiago, de 19 anos, estavam inconsoláveis na tarde de ontem durante o velório. A garota estava desaparecida desde o último domingo, quando teria marcado um encontro com amigos internautas por meio de uma rede social. Seu corpo apareceu na segunda-feira no Flexal de Cima, com dois tiros na cabeça, mas só foi reconhecido ontem, por familiares, no IML.
Uma tia de Bruna, que preferiu não se identificar, disse que a jovem era extrovertida e costumava sair, mas não demorava para retornar.
“Ela tinha marcado o encontro possivelmente no sábado, mas segundo a mãe dela, Bruna já estava se comunicando com esses amigos internautas fazia algum tempo”, comentou a tia.
O encontro foi marcado no terminal de Fernão Velho, local onde Bruna residia com os pais e uma irmã de seis anos de idade. De acordo com a tia, da Bruna teria saído por volta do meio dia do domingo, e foi vista pela última vez entrando num veículo de modelo e placa não anotados.
“Ela saiu sem documento e também sem dinheiro, somente com o aparelho celular que permanece desligado até hoje. O encontro seria no Rio Niquim, na Barra de São Miguel, mas segundo uma amiga, que a gente não sabe quem é, o carro chegou a quebrar no meio do caminho e a amiga teria voltado e Bruna permanecido no local. Essa história está mal contada, mas creio que a polícia deva descobrir a verdade”, cobra.
A tia da vítima sugere que a quebra de sigilo telefônico de Bruna pode esclarecer o crime. “Daí, a polícia vai descobrir quem estava se comunicando com a Bruna e o teor da conversa”, frisou.
Bruna teria terminado um namoro recentemente, mas a família não quer falar sobre o assunto.
A reportagem esteve na casa da jovem, em Fernão Velho, onde o corpo foi velado ontem à tarde. Os pais de Bruna não quiseram dar entrevista.
Polícia Civil já tem linha de investigação
A Delegacia de Homicídios da Capital, cujo titular é o delegado Cícero Lima, já tem uma linha de investigação para a morte de Bruna Rafaela, 19 anos, encontrada morta no Flexal de Cima. No entanto, o delegado informou que não irá passar mais detalhes sobre a apuração para não atrapalhar os trabalhos da polícia judiciária.
O corpo da jovem Bruna Rafaela Santiago foi localizado na segunda-feira e levado para o Instituto Médico Legal sem ser identificado, mas ao final da manhã de ontem, familiares da vítima fizeram o reconhecimento.
Informações extraoficiais davam conta de que Bruna, além de ter sido morta com dois tiros na cabeça, tinha marcas de estupro, entretanto a Perícia Oficial não confirmou a hipótese. “O laudo só sai daqui a dez dias, mas não houve indícios de estupro. Ela estava de roupa, porém bastante ensanguentada”, pontuou a Perícia, por meio da assessoria de comunicação.
O corpo de Bruna foi encontrado num matagal entre Flexal de Cima e o matadouro de Fernão Velho, na última segunda-feira. A polícia deve ouvir ainda esta semana a amiga que teria sido vista com Bruna dentro de um veículo, no domingo.
Do Tribuna Hoje
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