Pouco após o desaparecimento do policial militar aposentado Sérgio Murilo Nobre da Silva, 61, familiares procuraram o 7Segundos para buscar ajuda para tentar encontrá-lo.
Parentes que entraram em contato com a reportagem informavam que, poucos dias antes de desaparecer, cabo Murilo havia ido a Maceió fechar um negócio da venda de um apartamento e, desde então, não teria sido visto pessoalmente por nenhum familiar.
O último contato foi no dia 03 de março, quando ele disse, por mensagem que viajaria para o Sertão, mas não chegou ao destino.
“Quando ele fala que vai para o Sertão, quer dizer que está indo para Jacaré dos Homens, onde tem parentes, mas ninguém mais viu ou conseguiu falar com ele desde esse dia”, informou a parente.
No decorrer das investigações policiais, chegou-se a conclusão de que ele não era visto desde o dia 26 de fevereiro e que a mensagem pode ter sido enviado por outra pessoa, com o intuito de despistar a família.
O PM aposentado era divorciado e dividia a casa com um outro homem em Arapiraca. Ele costumava fazer viagens sozinho, seja para Maceió, onde morava a filha dele, seja para o Sertão, mas estava sempre em contato com os parentes, que passaram a suspeitar que o desaparecimento dele poderia estar relacionado com a venda do apartamento, já que nenhum deles sabia o destino do dinheiro resultante da negociação.
Entenda o caso
Um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado, a 60 centímetros de profundidade e abaixo de uma placa de concreto nos fundos de uma residência no bairro Manoel Teles, em Arapiraca, na sexta-feira (21).
O achado e o resgate do cadáver, que levou mais de duas horas para ser concretizado com o apoio do Corpo de Bombeiros, aconteceu após o suspeito de envolvimento no desaparecimento do cabo Murilo prestar depoimento para a Polícia Civil.
Segundo o diretor do Dinpol, delegado Thales Araújo, o suspeito era considerado “amigo” e “pessoa de confiança” da vítima, e acabou revelando o paradeiro do corpo durante o depoimento.
Logo após o achado dos restos mortais, o suspeito foi preso em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e, horas depois, a Justiça decretou a pedido da polícia a prisão preventiva dele, apontado como autor do homicídio.
O corpo encontrado na residência do Manoel Teles, no entanto, não está oficialmente identificado, devido ao estado de putrefação. Ele será submetido a exames cadavéricos e apenas após o resultado, o corpo será liberado para sepultamento.
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