Um falso corretor de imóveis foi preso, nesta segunda-feira (07), no bairro do Farol, em Maceió, após a suspeita de praticar estelionato e ter aplicado golpes no valor de R$ 300 mil, em pelo menos 12 pessoas. Por meio das redes sociais, o delegado Leonam Pinheiro explicou como o suspeito agia.
De acordo com Leonam, o estelionatário se apresentada com nomes diferentes para as vítimas que queriam imóveis. O delegado disse que o suspeito estava sendo procurado há cerca de um ano.
“Nós já vínhamos procurando esse indivíduo há cerca de um ano, e ele já encontrava-se foragido, mas hoje efetuamos o cumprimento de mandado de prisão. Ele vinha aplicando diversos golpes e cada uma das vítimas que vinha na delegacia, além de relatar o seu caso especificamente, passava novas informações. Elas foram ajudando a guiar onde esse indivíduo estaria, e localizamos o paradeiro dele”, afirmou.
Leonam disse que o suspeito se preocupava em procurar imóveis desocupados e consequentemente angariar potenciais vítimas que tinham interesse. “Lá na frente, ele dizia que estava de mudança e que iria fazer um bom desconto para a pessoa se ela fizesse o pagamento de uma caução à vista, que girava em torno de R$ 30 mil a R$ 60 mil”.
A vítima pagava o dinheiro para o estelionatário e ele desaparecia. O comprador tomava conhecimento de que o imóvel não estava no nome da pessoa.
“É sempre bom esclarecer para a população que, em nosso município e em nosso estado, temos diversos imóveis que estão abandonados. Muitos deles, de propriedade de pessoas de outros estados que utilizam eles como fonte de renda extra”, enfatizou.
O delegado disse que após ter acesso às transferências bancárias do suspeito, houve uma negociação entre ele e um suspeito de comercializar drogas. Pinheiro disse que é possível que uma parte do valor conseguido pelo falso corretor tenha sido usado para financiar o tráfico.
“Nós fizemos um levantamento das contas bancárias dele, há cerca de oito meses, e registramos uma alta movimentação financeira através da quebra de sigilo bancário, inclusive, de mais de R$ 100 mil, transferidos para uma conta de uma pessoa que foi presa em Maceió por tráfico de drogas. Acreditamos que o dinheiro conseguido nesses crimes de estelionato também é utilizado para financiar o tráfico de drogas”, justificou.
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