O falso advogado preso em flagrante nesta segunda-feira, 03, durante audiência na 16ª Vara de Execução Penal da Capital, no Fórum Regional da Ufal, já havia sido preso, em julho do ano passado, por aplicar o mesmo golpe em Marechal Deodoro, na região metropolitana.
O acusado teve a prisão preventiva relaxada no dia 29 de julho de 2021 e respondia ao processo, enquadrado como estelionato, em liberdade. De acordo com o advogado Júlio Sampaio, da Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia da OAB/AL, na primeira prisão o falso advogado havia feito três vítimas e já utilizava o mesmo número de registro profissional da OAB, mas a instituição não chegou a ser acionada porque à época o número não era válido.
“A advogada que teve o registro profissional utilizado pelo estelionatário, na verdade, recebeu o registro recentemente e foi ‘sorteada’. Ele já usava este número, mas ninguém era registrado com ele, o número não era registrado junto à OAB. Provavelmente, a advogada foi aprovada no exame da ordem recentemente e recebeu justamente este número”, esclareceu Sampaio.
Ainda segundo o representante da Ordem, ao ter acesso ao primeiro processo foi verificado que o modus operandi do acusado era o mesmo. “Ele abordava as vítimas na delegacia e oferecia os seus serviços, forjando documentos e exigindo os pagamentos.”
Pouco tempo depois de ser colocado em liberdade após a primeira prisão, o falso advogado voltou a agir, desta vez em Maceió, e até agora pelo menos seis vítimas já foram localizadas.
Dois delegados já foram nomeados em caráter especial e vítimas e testemunhas devem começar a ser ouvidas nos próximos dias. A Polícia Civil também confirmou que o acusado responde por estelionato e afirmou que, desta vez, ele deve responder também por extorsão, usurpação da função pública e exercício ilegal da profissão de advogado.
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