A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) deflagrou, na quarta-feira (10), a operação Imitatore voltada a reprimir crimes praticados por indivíduos que se passavam por servidores públicos para aplicar o chamado golpe da “CAPEMI”, movimentando mais de R$ 10 milhões de reais. A ação foi realizada em Alagoas e nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais.
De acordo com o delegado que comandou o caso, José Carlos – da PCAL -, as investigações levantaram que os envolvidos obtinham criminosamente dados de idosos das forças armadas e se passavam por funcionários de associações de pecúlio para obter dinheiro das vítimas. Os idosos eram levados a acreditar que possuíam valores a receber da extinta CAPEMI e pagavam aos envolvidos no esquema quantias a título de honorários ou taxas.
“Após o primeiro pagamento, outros envolvidos faziam novos contatos para fazer o que o grupo chamava de repique: criar novos embaraços para obter mais dinheiro. Somente de duas vítimas de Alagoas os envolvidos lucraram mais de 1 milhão e 300 mil reais. Além da prática de estelionato contra idosos, o grupo chegava a praticar extorsão em alguns casos”, revelou o delegado.
Foram cumpridos seis mandados de prisão e sete de busca domiciliar nos municípios de Serra (ES) Vila Velha (ES) e Teófilo Otoni (MG) e apreendidos celulares, computadores, veículos e documentos.
O delegado que coordenou a operação, José Carlos – da PCAL -, disse que os principais envolvidos na Organização criminosa (Orcrim), em pouco mais de um ano e meio, movimentaram mais de 10 milhões de reais. “A ordem judicial de prisão, deferida pela 17ª Vara Criminal de Maceió, também abrange o sequestro de bens móveis e imóveis”, frisou.
Os presos e outros investigados responderão por 29 crimes de estelionato contra idosos, extorsão, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.
Operação imitatore
Ainda segundo o delegado José Carlos, a operação obteve êxito, pois tira das ruas um grupo que atuava contra idosos das forças armadas e causava impacto no patrimônio dos líderes da organização criminosa.
A operação busca coibir crimes de lavagem de dinheiro e contra a administração pública. Todo material apreendido será analisado pelos policiais civis.
*com informações da Polícia Civil.
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