O programa Fantástico deste domingo (12) mostrou que policiais brasileiros estão correndo risco ao manusear armas de fabricação da empresa Taurus, que detém 90% do mercado de armamento brasileiro. A soldado alagoana Izabelle Pereira, morta em agosto de 2014, depois que submetralhadora disparou uma rajada de 30 tiros dentro da viatura, foi uma das vítimas dos tiros acidentais.
A reportagem foi baseada no laudo da Polícia Federal em Alagoas, que possibilitou o esclarecimento do crime. A reprodução simulada da PF concluiu que o acionamento do gatilho da submetralhadora foi ocasionado pelo toque do cano de outra arma, que estava dentro do veículo, pertencente ao patrulheiro.
Para isso, a Polícia Federal apresentou quatro versões. Uma delas apontou que o choque entre duas armas pode ter sido ocasionado pelo movimento da viatura. Na época, o indiciamento dos militares se deu, segundo o delegado responsável pela investigação, pelo fato de eles serem responsáveis pelo manuseio adequado do armamento existente dentro da viatura.
A arma que atingiu Izabelle estava no chão do veículo com o cano voltado para cima, o que não é recomendado pelas normas de segurança. A família cobra a responsabilização do fabricante, que preferiu não gravar entrevista ao ser procurada pelo fantástico.
O caso
Izabelle Pereira foi atingida por disparos de uma submetralhadora no dia 31 de agosto de 2014. A policial estava dentro de uma viatura da Radiopatrulha, juntamente com outros três colegas, quando seguia para um chamado no bairro de São Jorge, em Maceió, e foi surpreendida pelos disparos.
Levada às pressas para o Hospital Geral do Estado (HGE), a militar deu entrada em estado grave e foi direto para o centro cirúrgico onde passou por um procedimento para retirada das balas e sutura dos ferimentos. Ainda na chegada ao hospital, a paciente sofreu duas paradas cardíacas e faleceu.
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