A mãe da jovem Roberta Dias, desaparecida há 9 anos, esteve nessa terça-feira, 20, no Instuto Médico Legal (IML) onde solicitou uma análise do crânio humano encontrado no último dia 18 no Pontal do Peba, em Piaçabuçu, região do Baixo São Francisco em Alagoas, para saber se é da filha dela. Roberta Dias estava grávida quando desapareceu em abril de 2012.
Mônica Reis, mãe de Roberta, disse que o crânio foi localizado no mesmo lugar onde o acusado de assassinar Roberta confessou ter enterrado o corpo.
“Como foi naquele local, onde ele disse que enterrou, eu estive no IML hoje cedo para ver o que poderia ser feito para identificação do crânio. Como no banco de dados do órgão já consta o meu material genético, que foi colhido quando outra ossada foi encontrada também no Pontal do Peba, em 2019, os legistas só farão a comparação do meu DNA com o do crânio encontrado no último domingo (18 de abril)”, disse Mônica ao site Aqui Acontece, que o notíciário da região.
A mãe de Roberta declarou ainda que uma pessoa que participa da realização desses exames e já havia analisado preliminarmente o crânio encontrado revelou que as características são mesmo de um crânio de alguém do sexo feminino e que tem aproximadamente a mesma quantidade de tempo do desaparecimento da jovem grávida.
“Já me adiantaram lá no IML que o crânio era de alguém do sexo feminino e que não era de algum crime recente. São muitas coincidências, mas só nos resta esperar. A previsão é de que o laudo esteja pronto em até seis meses, mas como já consta o meu material genético esse prazo pode ser menor”, acrescentou.
Roberta Dias foi raptada das imediações da Praça de Santa Luzia, em Penedo, no dia 11 de abril de 2012 e nunca teve seu corpo encontrado. Anos depois, um áudio, que inclusive foi periciado pela Polícia Federal, vazou nas redes sociais mostrando um diálogo entre dois jovens, onde um deles confessa que matou a jovem enforcada, com o fio de uma extensão de som automotivo e que enterrou o corpo em um trecho situado entre o Pontal do Peba e Feliz Deserto, com a ajuda do pai da criança que ela esperava.
O processo segue em tramitação na 4ª Vara Criminal de Penedo, e tanto o réu confesso de ter praticado o crime, quanto a então sogra da vítima, que também foi denunciada pelo Ministério Público, seguem em liberdade. Ambos respondem por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
0 Comentários