O corpo do italiano e advogado Carlo Cicchelli, que estava desaparecido desde o dia 27 de setembro, foi encontrado em avançado estado de decomposição, na tarde desta segunda-feira, 05, dentro da própria residência na rua Sampaio Dória, no bairro de Ponta Grossa, em Maceió
Segundo informações da delegada Paula Frassinete, da Delegacia de Homicídios, o corpo só foi descoberto após a confissão da namorada de Cicchelli, identificada como Cléa Fernanda Máximo da Silva.
Em depoimento, a suspeita disse que matou o advogado no dia 27 de setembro a golpes de faca, enrolou o corpo em um saco escuro e deixou em cima de um sofá nos fundos da casa.
Durante os 40 dias de desaparecimento do advogado, Cléa Fernanda dizia aos familiares da vítima e vizinhos que Cicchelli tinha viajado a São Paulo a trabalho e ainda não havia retornado. Mesmo após o crime, a mulher continuou morando na casa com o corpo no imóvel.
Em conversa com os agentes da Delegacia de Homicídios, a acusada contou que o crime foi motivado pelas constantes agressões sofridas. Ela informou que conheceu Cicchelli na Itália e logo em seguida retornou ao Brasil. Em 2014, eles iniciaram o relacionamento e o italiano veio morar em Maceió. O casal morou na Itália novamente, mas depois retornou a Maceió na tentativa de salvar o relacionamento que estava conturbado.
O corpo passa pela perícia do Instituto de Criminalística e será recolhido posteriormente ao IML. Após os trâmites legais, o corpo será transladado a Itália, onde será sepultado. A delegada afirmou à reportagem do Alagoas 24 Horas que a causa da morte ainda não pode ser determinada devido ao estado do corpo. “As lesões não foram possíveis de ser constatadas pela perícia criminal, e a causa da morte só poderá ser determinada pelo IML, através do laudo cadavérico”, explicou.
A correspondente consular em Alagoas, do consulado da Itália em Pernambuco – ao qual Alagoas é subscrito – Elisa Rogatto, disse em entrevista à TV Pajuçara que apesar de não ter sido comunicada oficialmente, tomou conhecimento da morte do turista e lamenta profundamente as condições no qual o episódio aconteceu e seu desfecho trágico.
Ela relatou que vem mantendo contato direto com a família da vítima, através de uma irmã, após ter sido procurada pelo ministério de Relações Exteriores, acionado pela Justiça Italiana.
Informações de como se dará o translado do corpo ainda não foram confirmadas, mas o consulado dará todo o apoio necessário.
Fonte: Real Deodorense
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