A Polícia Civil de Alagoas ouviu, nesta sexta-feira, 09, dois comandantes das guarnições do 3º BPM, envolvidos na abordagem que resultou na morte do empresário Marcelo Barbosa Leite. Os depoimentos foram prestados na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em Maceió.
Segundo informações do delegado Sidney Tenório, que faz parte da comissão especial formada para investigar o caso, os comandantes assumiram que atiraram contra o veículo do empresário. “Um disse que atirou nos pneus e outro alegou que atirou na lataria e veio a atingir o empresário”, disse o delegado, acrescentando que detalhes sobre o caso não poderão ser repassados para não atrapalhar as investigações.
Ontem, quatro militares das duas guarnições envolvidas no caso foram ouvidos pelos delegados. No entanto, o teor dos depoimentos seguem em sigilo. Na segunda-feira, 12, a comissão especial deverá encaminhar todas as informações apuradas até o momento à Polícia Científica com o intuito de conseguir agendar a reconstituição simulada.
Relembre o caso
No dia 14 do mês passado, o empresário foi alvejado com um tiro de fuzil durante uma abordagem policial do 3º BPM. Devido ao tiro, Marcelo perdeu um rim, o baço e parte do intestino. Ele estava internado no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, logo depois foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, em Maceió. Devido as complicações em seu quadro de saúde, Marcelo foi transferido para uma UTI do Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo. Marcelo chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu e faleceu 21 dias após a abordagem.
Uma comissão especial de delegados, formada por Sidney Tenório, Cayo Rodrigues e Fillipe Caldas, foi nomeada para investigar o caso. O Ministério Público Estadual determinou a realização da reprodução simulada da abordagem.
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