O pedido de desaforamento do júri popular do caso Eric Ferraz, modelo assassinado no réveillon de 2012, em Viçosa, foi adiado. O processo seria analisado, nesta segunda-feira (14), pelo desembargador João Luiz Azevedo Lessa, mas foi retirado da pauta da Câmara Criminal para análise do relator. De acordo com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), o pedido deve ser julgado somente em janeiro, após o recesso do Judiciário, quando será decidido se o júri acontecerá em Viçosa ou em Maceió.
O júri de Judarley Leite de Oliveira, acusado de participação na morte do modelo, iria acontecer em Viçosa, município onde aconteceu o crime. Porém, com o pedido de desaforamento e as informações fornecidas pela juíza da comarca, Lorena Sotto-Mayor, a respeito da imparcialidade do júri, o julgamento acabou adiado, com a família da vítima a aguardar a decisão do desembargador.
Familiares do modelo foram ao prédio-sede do TJ, no centro de Maceió, na manhã desta segunda, para acompanhar a sessão da Câmara Criminal. Eles admitem temer que o resultado do júri popular, caso este aconteça em Viçosa, seja influenciado por pessoas ligadas ao acusado, “que detém força política na região”. “Nos sentimos intimidadas. Eles têm influência política, e nos preocupamos quanto à integridade do corpo de jurados. Temos a esperança de que o julgamento não aconteça em Viçosa”, desabafou a irmã da vítima.
Após quatro anos do assassinato, a família espera o julgamento e a condenação do acusado. “Seguimos na expectativa pela justiça que tanto clamamos”, emendou o pai do modelo.
A análise do processo de desaforamento só volta à pauta em 2016 porque a última sessão de julgamento do ano no Tribunal de Justiça foi realizada nesta segunda.
O caso
Judarley Leite de Oliveira é acusado de participar do assassinato do modelo Eric Alexandre dos Santos, conhecido como Eric Ferraz, e de tentativa de homicídio contra Érica Ferreira da Silva, então namorada da vítima. O crime aconteceu no dia 1 de janeiro de 2012, durante as comemorações de réveillon no município de Viçosa. O policial civil Jaysley Leite de Oliveira, irmão de Judarley, também é acusado do crime.
Gazetaweb
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