Em quinze dias, foram registradas em Maceió duas explosões de bombas caseiras, com amputação de mãos de duas pessoas, e um chamado para detonação de um artefato semelhante a uma bomba.
A Polícia Civil investiga se os casos foram isolados ou se têm relação entre si. Nos próximos dias, uma comissão de delegados pode ser formada para apurar os crimes.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre as bombas:
- Onde foram encontradas as bombas e o artefato?
- Quem encontrou as bombas e o artefato?
- Do que eram feitas as bombas e o artefato?
- Quantas pessoas ficaram feridas?
- Alguém foi preso?
- Qual linha de investigação da Polícia Civil?
Esquadrão antibomba do Bope isolou a área externa do HGE após explosão — Foto: Arquivo pessoal
1. Onde foram encontradas as bombas e o artefato?
Caso catador
A primeira bomba foi encontrada dentro de uma lixeira na Rua Dr. Costa Leite, no centro de Maceió, no dia 10 de novembro.
Caso HGE
A segunda bomba explodiu em um canteiro que fica na parte externa do Hospital Geral do Estado (HGE), no dia 21 de novembro.
Artefato no Farol
Nesta sexta-feira (25), um artefato semelhante a uma bomba de fabricação caseira foi encontrado em uma rua no bairro do Farol. O esquadrão antibombas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi acionado para detonar o objeto com segurança e encaminhá-lo para a perícia, que deve apontar se havia ou não material explosivo dentro.
2. Quem encontrou as bombas e o artefato?
Caso catador
Na primeira explosão, um catador de materiais recicláveis estava recolhendo latinhas de refrigerantes quando uma delas explodiu na sua mão. Uma bomba de fabricação caseira havia sido deixada no local.
Caso HGE
Na segunda explosão, um funcionário de uma empresa terceirizada de serviços gerais do HGE estava limpando um canteiro de plantas na área externa do hospital quando a bomba explodiu.
Artefato no Farol
No caso do artefato, ele foi encontrado em um canteiro de plantas por funcionários na calçada de um depósito da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
3. Do que eram feitas as bombas e o artefato?
Caso catador
Dentro da latinha de refrigerante, que explodiu na não de Jorge Quirino, a perita criminal Adriana Sarmento, do Instituto de Criminalística, conseguiu recolher objetos como parafusos e bolas de gude.
Caso HGE
Na bomba que explodiu na área externa do HGE, e que deixou três pessoas feridas, também foram encontrados vestígios de bolas de gude. Perícia também recolheu materiais para periciar explosivo.
Artefato achado no Farol
Policiais do esquadrão antibombas disseram que o material encontrado nesta sexta-feira foi feito com garrafa plástica, mas sem carga explosiva. Possivelmente, um simulacro. O material também vai ser periciada pela Polícia Científica.
4. Quantas pessoas ficaram feridas?
Caso catador
O catador de materiais recicláveis, Jorge Quirino, de 50 anos, teve ferimentos no rosto, braços e tórax. Ele ficou dias internados no HGE e precisou ter a mão esquerda amputada.
Caso HGE
Na segunda explosão, dois funcionários de serviços gerais do HGE sofreram arranhões superficiais. Já um terceiro funcionário passou por cirurgia e teve a mão direita amputada. Até esta sexta (25), ele permanecia internado e o seu estado de saúde é considerado estável.
Artefato no Farol
Na ocorrência desta sexta-feira, não houve feridos. O artefato foi detonado por policiais do Bope antes que alguém se ferisse.
5. Alguém foi preso?
Até esta sexta (25), ninguém tinha sido preso. A Polícia Civil já começou a ouvir depoimentos de parentes das vítimas e de testemunhas.
Já foram solicitadas as imagens de câmeras de segurança dos locais onde as bombas foram encontradas para identificar os responsáveis por descartá-las.
6. Qual linha de investigação da Polícia Civil?
Caso catador
A Polícia Civil já ouviu a filha de José Quirino e uma testemunha que viu a explosão e prestou socorro ao catador. O delegado Nivaldo Aleixo descarta que alguém tenha colocado a bomba com o intuito de ferir o catador.
A Polícia Científica de Alagoas coletou vestígios da bomba que explodiu na mão de Quirino para fazer perícia.
Caso HGE
A polícia investiga se a bomba foi escondida na área externa do HGE, por membro de torcida organizada na noite do jogo Bahia x CRB pela Série B, no Rei Pelé, no dia 6 de novembro.
Segundo o delegado Nivaldo Aleixo, uma testemunha ouvida na delegacia relatou que, na noite do jogo de 6 de novembro, um membro de uma torcida organizada que tentava fugir de policiais militares que patrulhavam a área parou na frente do HGE e escondeu um objeto no local. A testemunha disse que o membro da organizada ainda tentou correr, mas acabou preso.
O delegado informou que vai ouvir o oficial da PM que estava trabalhando na ocorrência no dia do jogo para tentar identificar o homem suspeito de ter escondida a bomba caseira na área externa do hospital.
Apesar de essa ser uma linha de investigação, ainda não foi confirmado se esse episódio tem relação com a bomba que explodiu no HGE.
Artefato no Farol
A Polícia Civil também investiga esse caso. Nesta sexta, o chefe de serviço do 1º Distrito Policial esteve no local e verificou se há câmeras de segurança na região que possam ajudar a identificar quem deixou o objeto no local.
Esquadrão antibombas do BOPE é acionado para detonar artefato encontrado no Farol, em Maceió — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Simulacro de bomba é encontrado no Farol em Maceió, Alagoas — Foto: Ana Clara Pontes/g1
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