Alagoas foi o estado que registrou a maior taxa de mortes por armas de fogo em 2012, com 55 óbitos para cada 100 mil habitantes. A taxa representa um total de 1.740 vítimas. Em 2011, esse quantitativo foi de 1.938, o que equivale a 61,7 vítimas para cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia do aumento da violência, em 2002, Alagoas ocupava a 8º colocação entre os estados com maior número de vítimas de homicídio.
Entre as capitais, Maceió foi que apresentou a maior taxa de mortalidade por armas de fogo neste período, com 79,9 mortes para cada 100 mil habitantes, conforme nova edição do Mapa da Violência 2015, divulgada nessa quarta-feira (13), pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A menor taxa foi registrada no estado de Roraima, com 7,5 mortes para cada 100 mil habitantes.
Em todo o país, foram 42.416 mortes por arma de fogo em 2012, o que equivale a 116 óbitos por dia. Dessas, 94,5%, um total de 40.077 pessoas, foram vítimas de homicídio. O total de vítimas de armas de fogo é o mais alto já registrado no país pelo Mapa da Violência, de autoria do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, cuja série histórica começa em 1980 e vai até 2012.
De 2002 a 2012, nove estados tiveram redução da taxa de mortes por armas de fogo. São Paulo teve a maior queda (-62,2%). Outros 17 estados e o Distrito Federal registraram elevação. O Maranhão apresentou o maior aumento (273,2%). Entre as capitais, o Rio de Janeiro foi a que teve a maior queda (-68,3%). São Luis (MA) teve a maior elevação (+316%).
Nordeste
Já no Nordeste, a maior parte das Unidades Federativas apresentou elevados índices de crescimento, com destaque para o Ceará e o Maranhão, cujo número de vítimas quadruplicou na última década. Rio Grande do Norte mais que triplicou, e Alagoas, Bahia, Paraíba e Piauí mostram taxas de crescimento acima de 100%, isto é, mais que duplicando seu número de vítimas. O único estado da região a evidenciar queda nos números foi Pernambuco: saldo negativo de 33,4%.
O estudo revela também que os jovens são as maiores vítimas das mortes por armas de fogo no Brasil. Do total de 42.416 óbitos por disparo de armas de fogo em 2012, 24.882 foram de pessoas na faixa de 15 a 29 anos, o equivalente a 59%. Em termos demográficos, os jovens correspondiam a pouco menos de 27% da população brasileira.
A taxa de mortalidade de jovens por armas de fogo atingiu 47,6 para cada 100 mil habitantes, em 2012. Portanto, mais que o dobro da taxa registrada para a população total (21,9). Em Alagoas, foram 1.097 jovens mortos em 2012. Em 2011, foram 1.189.
A taxa de mortalidade por armas de fogo no Brasil, indicador que leva em conta o crescimento da população, ficou em 21,9 óbitos para cada 100 mil habitantes, em 2012. Essa taxa é a segunda mais alta já registrada pelo Mapa da Violência, menor apenas que a verificada em 2003, que foi de 22,2 mortes para cada 100 mil habitantes. No caso específico dos homicídios praticados com armas de fogo, a taxa de mortalidade de 2012 (20,7) é a mais elevada desde 1980.
Ao analisar o período de 2004 a 2012, o Mapa da Violência estima que 160.036 vidas foram poupadas, em virtude da política de controle de armas decorrente da aprovação do Estatuto do Desarmamento. Desse total de mortes evitadas, 113.071 foram de jovens, de acordo com a projeção.
O estudo é o terceiro com foco em mortes ocorridas exclusivamente por disparo de armas de fogo. O primeiro foi divulgado em 2005 e o segundo, em 2013, com dados até 2010. A nova versão incorpora dados de 2011 e 2012.
Fonte: Gazeta Web.
se morrer só vagabundo e muito bom e um grande favor que fazem a humanidade mais o pior e que morrem pais de família que acabam pagando com suas vidas o preço da criminalidade que asombra nosso Brasil.