No dia do crime, José Bezerra dos Santos, 44 anos, não encontrou seu desafeto, o pai da vítima.
Uma discussão banal entre dois adultos no povoado Taperinha, zona rural de Porto Real do Colégio. O resultado, um crime brutal que chocou a população do Baixo São Francisco na tarde do dia 24 de abril de 2014. A criança José Ramon Bispo da Silva, de apenas 06 anos, acabou morta com dois golpes de barra de ferro na cabeça.
O principal acusado, José Bezerra dos Santos, 44 anos, conhecido por Dedé, discutiu com o pai da criança, que o chamará de ‘doido’. Bezerra foi a sua casa, se armou com uma faca e uma barra de ferro, foi até à residência do seu desafeto, não o localizando, matou friamente a criança que brincava na porta da residência de sua avó com outras duas crianças.
Buscas foram realizadas na tentativa de prender o acusado, mas sem sucesso. Há época, o delegado de Porto Real do Colégio, Rodrigo Colombelli, representou pela sua preventiva. Após um ano foragido, morando em São Paulo, sendo acobertado por uma irmã, o acusado de matar o menino Ramom Bispo se entregou aos militares da Companhia de Porto Real do Colégio.
“Hoje (23) ele se dirigiu até a 3ª Companhia de Polícia Militar (3ª CIA/11º BPM) por conta própria e se entregou. Disse que não aguentava mais fugir. Há época, ainda solicitei sua prisão preventiva. Porém, ele conseguiu fugir para São Paulo, e sua irmã era quem o ajudava. Em depoimento, ele confessou que matou a criança para se vingar do pai que o chamará de doido”, detalhou o delegado.
O crime ocorreu por volta das 16h30min do dia 24 de abril de 2014, Ramom ainda foi socorrido, mas devido à gravidade dos ferimentos provocados pela barra de ferro, não resistiu. Morando em São Paulo, José Bezerra dos Santos, 44 anos, disse que revolveu se entregar por não aguentar mais viver escondido, fugindo da polícia.
Dedé, como também é conhecido, vai responder por homicídio qualificado. O inquérito foi concluído em maio de 2014. O suspeito se encontra detido à disposição da Justiça na 7ª Delegacia Regional de Penedo.
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