Como se não bastasse a prisão da maioria dos vereadores de Rio Largo, ocorrida ano passado, sob acusação de participar de um esquema de corrupção onde até o prefeito Toninho Lins (PSB) estaria envolvido, mais um escândalo ronda a Câmara Municipal nos últimos dias, deixando a situação ainda mais delicada.
Um esquema envolvendo superfaturamento no aluguel de carros que prestavam serviço aos edis foi denunciado recentemente pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, onde 27 pessoas, entre vereadores e locadores, teriam forjado valores que somados, resultariam inicialmente em R$ 3 mil, ao mês, pagos a cada um dos vereadores, como verba indenizatória, bastando apresentar um recibo e contrato simples para justificar a despesa.
Dois meses depois, a verba foi reajustada para R$ 4 mil, chamando a atenção do MP/AL, que teve acesso aos documentos, apreendidos durante a primeira investigação, que apurava a venda de um terreno no município a um valor “simbólico” de R$ 700 mil.
Um dos até então vereadores envolvidos, Reinaldo Cavalcante Moura, explicou que o auxílio já existia antes de seu mandato e que os companheiros de Câmara apenas reajustaram o valor para acompanhar o mercado.
“Não acredito que a acusação da promotoria tenha fundamento, pois fizemos tudo dentro da lei”, defendeu-se.
Ao ser questionado quanto a idoneidade dos colegas, Reinado explicou que só pode responder por si. “Às vezes é mais fácil fazer o errado que o certo, não coloco minha mão no fogo por ninguém”, comentou. A verba foi suspensa até a apuração ser concluída pelo Gecoc.
Fonte: Tribuna Hoje
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