Uma alagoana de 31 anos, natural da cidade de Arapiraca, no Agreste do Estado, iniciou uma espécie de campanha para tentar localizar a irmã gêmea, que ela nunca conheceu.
As duas foram adotadas por famílias diferentes, logo após o nascimento, no ano de 1985, no Hospital Regional de Arapiraca e, desde então, nunca se encontraram. Rafaela Veiga conta que sempre soube que era adotada, mas, há cerca de 10 anos, uma mulher que trabalhava com sua mãe adotiva levou à jovem a informação de que ela poderia ter uma irmã.
“Mais ou menos 10 anos atrás, minha mãe tinha uma loja e uma funcionária chegou dizendo a ela que a mulher que intermediou a minha adoção comentou que minha irmã seria tão bonita quanto eu”, revelou, dizendo que a notícia a deixou em choque. “Após saber disso, eu chorei muito e decidi ir em busca de mais informações”, lembra.
A mulher que teria intermediado as adoções foi encontrada por Rafaela e questionada sobre o paradeiro da irmã, mas teria desconversado. “Fui procurar essa mulher e ela me disse pra esquecer isso, que eu ‘tava bem e pronto!’ e esquecesse isso, que deixasse pra lá. Disse ainda que não fazia ideia de onde ela estaria”, relata.
Rafaela acredita que a irmã mora em Alagoas ou em outro lugar próximo. “Todos os dias, eu penso nisso e fico nessa angústia. Eu acho que ela [a irmã] mora no Brasil, aqui em Alagoas ou perto daqui, porque a mulher me disse que essa moça está tão bonita quanto eu. Ela deve ter visto”, reflete.
No hospital
A jovem já procurou, por meio de duas amigas, que trabalham no hospital onde nasceu, informações sobre as outras crianças que nasceram no mesmo dia que ela, mas descobriu que a unidade de saúde não tem os arquivos sobre bebês nascidos naquele ano.
“Eu nasci no dia 7 de outubro de 1985 e, no hospital, pedi a duas amigas, que trabalham lá dentro, para falar com a pessoa responsável para saber disso e essa pessoa teria dito que os arquivos antigos foram queimados, que não teria mais essas informações”, pontuou.
Sobre a mãe biológica, Rafaela sabe apenas o nome. “Não faço nem ideia de quem ela era… Alguém me disse que o nome seria Vera Lúcia Maria, algo assim. A outra informação que tenho dessa época é que, quando eu nasci, eu estava muita roxa e depois meus pais que me adotaram descobriram que eu estava com a clavícula quebrada. Pesquisando, descobri que é normal para a segunda criança quando nasce de parto normal”, diz.
Rafaela Veiga ressalta que sua intenção não é questionar a forma como a adoção aconteceu, mas, sim, localizar a irmã, que nunca conheceu. “Não quero prejudicar ninguém, principalmente as pessoas que são meus pais, que sempre me trataram com muito amor e me deram de tudo, mas quero muito conhecer essa irmã”, conta.
Fonte: TNH
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