O município de Olho D Água do Casado já teve três prefeitos em menos de oito meses. Tudo começou com a cassação do prefeito eleito Gualberto Pereira (PSDB) acusado de abuso do poder econômico.
A justiça empossou então o presidente da Câmara, o vereador José Raimundo (PSC), aliado do prefeito cassado que ficou no cargo pouco mais de 30 dias e renunciou alegando que não tinha como administrar o município com tantas dividas e servidores contratados.
O terceiro prefeito a assumir o cargo em menos de oitos meses é José Alberto (PP) conhecido como Beto de Afonso, que tomou a iniciativa e demitiu todos os contratados para poder administrar a prefeitura.
Olho D Água do Casado é um dos poucos municípios de Alagoas e do Sertão a receber royalties oriundos da geração de energia elétrica do Complexo Paulo Afonso no valor de cerca R$ 200 mil por mês, além dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ICMS chegando a perto de R$ 1 milhão.
Mesmo assim o município se tornou inviável devido a tantas dividas com fornecedores, servidores e principalmente com a previdência social. O município está localizado no polígono da seca, mas é considerado privilegiado por receber recursos extras da Chesf. Mesmo assim ostenta péssimos indicadores social estando em 86 º lugar no universo de 102 municípios.
Pariconha é do mesmo porte de Olho D´Água do Casado e não recebe recursos da Chesf e mesmo assim ficou bem acima do IDH de Olho D Água do Casado, demonstrando que algo está errado na administração do município.
Os prefeitos alagoanos reclamam da falta de recursos e cobram do governo federal ajuda financeira para repor as perdas do FPM. Entretanto no site da Confederação Nacional dos Municípios (CMN) informa que os repasses até agosto desse ano já ultrapassava R$ 45 trilhões ou seja 0,5% a mais que o mesmo período do ano passado. Uma contradição da versão contada pelos prefeitos, que na sua maioria saíram de campanhas eleitorais e tem que pagarem dividas de campanha.
Fonte: 7 Segundos
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